Reforma no setor elétrico promete conta de luz mais baixa e liberdade de escolha para o consumidor

O governo federal anunciou, no dia 6 de maio de 2025, um projeto de reforma no setor elétrico que promete transformar a forma como brasileiros consomem energia. A principal mudança está na liberdade de escolha: consumidores residenciais, rurais, autônomos e pequenos empreendedores poderão, em breve, optar por seu próprio fornecedor de energia, assim como já fazem com operadoras de celular.

A proposta visa abrir totalmente o mercado livre de energia — também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL) — até março de 2028, retirando o monopólio das distribuidoras e tornando o consumidor protagonista na hora de contratar o serviço.

O que é o Mercado Livre de energia?

Hoje, apenas grandes consumidores — como indústrias e grandes empresas — têm acesso ao ACL, onde é possível negociar diretamente com geradoras ou comercializadoras de energia. A proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) é estender essa possibilidade a mais de 90 milhões de residências e pequenos negócios em todo o Brasil.

Nesse novo modelo, o consumidor poderá escolher a empresa fornecedora de energia com base em preço, qualidade do serviço e condições contratuais, tudo de forma simples, digital e transparente, por meio de aplicativos ou plataformas online.

Como vai funcionar na prática?

A ideia é que cada consumidor possa:

  • Acessar um portal ou aplicativo regulado pelo governo;

  • Comparar ofertas de diferentes empresas fornecedoras de energia;

  • Escolher a opção que melhor se encaixa em seu perfil de consumo;

  • Formalizar o contrato com o novo fornecedor;

  • Continuar utilizando a mesma rede de distribuição local, pagando separadamente pelo uso da infraestrutura e pelo fornecimento de energia.

A responsabilidade pela entrega física da energia continuará nas mãos das concessionárias locais, que cobrarão apenas pela distribuição — ou seja, pela “entrega” da energia até o imóvel.

Benefícios diretos ao consumidor

A principal promessa do governo com a reforma é a redução da conta de luz, estimulada pela concorrência entre fornecedores. Além disso, haverá:

  • Transparência: O consumidor saberá exatamente quanto está pagando pelo uso da rede e quanto vai para a empresa que gera ou comercializa a energia.

  • Qualidade no serviço: A concorrência forçará as empresas a prestarem melhores serviços, com atendimento eficiente e preços mais justos.

  • Poder de escolha: Se o fornecedor atual não cumprir o contrato ou oferecer tarifas elevadas, o consumidor poderá trocar de empresa com facilidade.

Regulamentação e acompanhamento

O MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) serão responsáveis por criar uma estrutura regulatória robusta, com:

  • Campanhas educativas;

  • Canais de atendimento acessíveis e eficientes;

  • Transparência nas tarifas e contratos;

  • Fiscalização rígida para evitar abusos e garantir equilíbrio entre as partes.

Um novo capítulo para a energia no Brasil

A proposta se insere em um movimento global de democratização da energia, em que o consumidor deixa de ser apenas um pagador passivo e passa a ter voz ativa na relação com o setor elétrico. O projeto já está na Casa Civil e será encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação.

Segundo o governo, a mudança também busca promover justiça tarifária, equilibrar o sistema elétrico e quebrar o monopólio das distribuidoras, permitindo maior inovação e eficiência no setor.

Um projeto com caráter disruptivo

A proposta foi apresentada com o compromisso de que não será moldada por interesses de grandes grupos econômicos. O objetivo, segundo o governo, é garantir ao cidadão mais liberdade, justiça e dignidade no acesso à energia.

A mensagem é clara: consumidores brasileiros estão cada vez mais atentos, conscientes e exigentes. A possibilidade de “desligar da tomada” fornecedores que não entregam o prometido é vista como um passo importante rumo a uma cidadania energética plena.

A abertura do mercado livre de energia representa uma revolução silenciosa no cotidiano de milhões de brasileiros. Ao permitir que cada cidadão escolha seu fornecedor, o governo aposta em mais competitividade, tarifas menores e serviços de maior qualidade — algo inédito no modelo atual. A proposta, ainda em fase legislativa, promete empoderar o consumidor e inaugurar uma nova era para o setor elétrico nacional.

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