Com a recente queda do dólar para a faixa de R$ 5,60, o analista financeiro Charlão voltou a defender a dolarização do patrimônio como uma estratégia essencial para diversificação e proteção de longo prazo. Em seu mais recente vídeo, ele destaca que, embora ninguém consiga prever com exatidão o comportamento da moeda americana, o histórico mostra uma tendência de alta no longo prazo — o que torna momentos de baixa oportunidades pontuais de entrada.
Por que investir no exterior agora?
Charlão afirma que, embora o dólar já tenha atingido picos de R$ 6,30 em 2024, a atual queda representa uma “promoção temporária” para quem pretende começar a investir fora do Brasil. Segundo ele, investidores que aguardam quedas maiores, como R$ 5,30 ou até R$ 5,00, correm o risco de perder o timing de entrada. “Se você tivesse uma máquina do tempo e voltasse ao dólar a R$ 5,60, o que faria?”, provoca.
Além da valorização cambial no longo prazo, investir no exterior oferece vantagens estruturais, como:
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Diversificação de risco geopolítico e econômico
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Exposição a moedas fortes e empresas globais
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Acesso a setores mais inovadores e menos correlacionados ao Brasil
Como começar a dolarizar a carteira
Segundo Charlão, hoje qualquer investidor pode iniciar no exterior com valores acessíveis, mesmo com menos de R$ 100. Por meio de plataformas como a Nomad, é possível abrir conta internacional em poucos minutos, comprar ações fracionadas e acessar ativos globais como ETFs e REITs.
Ele recomenda que o investidor iniciante combine ETFs amplos com algumas ações de grandes empresas americanas, e exemplifica uma carteira de cinco ativos sugeridos para maio de 2025:
Ações americanas recomendadas por Charlão
1. Disney (DIS)
Apesar de desafios recentes, a empresa mostrou recuperação nos lucros e continua como uma das maiores potências em entretenimento global. Tem receita diversificada, que inclui parques, Disney+, licenciamentos e streaming esportivo via ESPN.
2. Nvidia (NVDA)
Destaque em inteligência artificial e data centers, a empresa vem reportando lucros crescentes e anunciou novas parcerias estratégicas. É uma das favoritas do setor de tecnologia.
3. Meta (META)
Detentora do Instagram, Facebook e WhatsApp, é a sexta empresa mais valiosa do mundo. O lucro do último trimestre subiu 35%, mas sua forte dependência de receitas publicitárias exige atenção.
4. JPMorgan (JPM)
Maior banco dos EUA, com atuação global e pagamentos regulares de dividendos. O lucro do primeiro trimestre foi de US$ 14 bilhões. Vem investindo fortemente em inteligência artificial.
5. ExxonMobil (XOM)
Uma das líderes globais em energia, é forte pagadora de dividendos (3,52% a.a.). Apesar da queda nos lucros com a desvalorização do petróleo, continua sólida no setor de petróleo e gás.
Quanto custa investir nessas ações?
A compra integral das cinco ações recomendadas custaria cerca de US$ 2.400 (aproximadamente R$ 13 mil). No entanto, o investidor pode começar com valores menores, adquirindo frações dos papéis. A prática é possível por meio de corretoras internacionais que aceitam investimentos em reais.
Riscos e recompensas
Charlão destaca que nenhuma dessas ações é recomendada como aposta de curto prazo. Empresas como Disney e Meta enfrentam desafios, como bilheterias frustrantes e alta dependência de propaganda digital, respectivamente. Ainda assim, oferecem fundamentos sólidos para quem mira o longo prazo e deseja exposição a empresas líderes globais.
Aproveitar o câmbio atual é uma escolha estratégica
A queda recente do dólar representa uma chance rara de entrada com câmbio favorável. “Você queria investir com o dólar mais barato? Ele caiu. Vai esperar ele subir para tomar atitude?”, questiona Charlão. Segundo ele, o importante não é acertar o fundo da moeda, mas começar a construir uma posição no exterior de forma gradual e consciente.
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