A redução do desmatamento no Brasil ficou em 32,4%, quando se coteja os dados de 2024 em relação a 2023, revelando o alcance do trabalho sério e dedicado do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática.No primeiro ano de reconstrução do país, prevaleceram os efeitos do desmonte dos órgãos de monitoramento e punição, incentivados pela política anterior de fazer a “boiada passar” a custo da destruição ambiental.Diagnosticada a “doença negacionista”, a terapêutica proposta produz seus bons resultados, com a proteção maior aos biomas, conforme estatística confiável com aval federal.Além de constatar o recuo das motosserras e queimadas, também se pode considerar 27% alertas a menos, representando a estratégia de antecipação das ocorrências, método decisivo para evitar crimes.Na comparação entre os dois anos, o Pantanal e o Pampa foram os biomas de maior percentual, seguindo-se à análise qualitativa dos números, pistas importantes para a convergência de forças em prol da natureza. Quase 90% das agressões no território brasileiro estão na Amazônia ou no Cerrado, traduzindo, as autoridades voltadas para a preservação da biodiversidade precisam cuidar destes tesouros ecológicos.Pode-se verificar empate técnico na Mata Atlântica, mantendo-se estável; mas ainda é alta a destruição geral de 141 hectares por hora em todo verde brasileiro, patrimônio mundial.Diminuiu, certamente; mas ainda está o Brasil distante da utopia de “desmatamento zero”, acompanhada de uma campanha de replantio: perderam-se 652 mil hectares apenas no cálculo do bioma Cerrado.Coincidentemente, regiões nas quais prevalecem as práticas do Agro atuaram negativamente com sua mecânica de mercado: os quatro estados do Matotiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) são os maiores vilões.Já as terras indígenas tiveram queda de 24%, cicatrizando feridas dos anos perdidos de 2019 a 2022 – com o agravante do incentivo anterior a mineradores e genocídio dos yanomami registrados no sombrio período.
Editorial – A natureza resiste
Adicionar aos favoritos o Link permanente.