Com saída de Ednaldo Rodrigues, CBF perde cadeira no Conselho da Fifa

O Brasil perdeu, ao menos temporariamente, a cadeira que ocupava há quase três décadas no Conselho da Fifa, instância máxima de decisões da entidade. A Conmebol oficializou na última segunda-feira, 19, que Cláudio “Chiqui” Tapia, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), assumirá interinamente a função de representante sul-americano até 2027.A decisão ocorre em meio à crise institucional na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que segue sem um presidente efetivo após o afastamento de Ednaldo Rodrigues por determinação judicial. A ausência da CBF na reunião do Conselho da Conmebol, mesmo tendo sido convocada, também pesou para a substituição.Brasil fora do centro de decisõesDesde a gestão de Ricardo Teixeira, o Brasil sempre manteve um representante no Conselho da Fifa. A perda da vaga quebra uma hegemonia histórica e expõe o impacto da instabilidade interna da CBF no cenário internacional.Atualmente, a CBF é presidida interinamente por Fernando Sarney, mas já tem o nome do médico Samir Xaud encaminhado para assumir o cargo, que é candidato único à presidência da entidade. Ele foi eleito presidente da Federação Roraimense de Futebol, mas deve assumir diretamente a CBF, sem sequer tomar posse no posto estadual.A nova eleição definitiva para o Conselho da Fifa, com o representante sul-americano, será realizada após a regularização da situação da CBF. Ainda assim, não há garantia de que o Brasil retomará o assento.

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Conselho da Fifa: prestígio e benefíciosO Conselho da Fifa é composto por 37 membros, incluindo o presidente da entidade, oito vice-presidentes e 28 representantes eleitos pelas federações continentais. Eles decidem questões estratégicas do futebol mundial e têm mandato de quatro anos.Além do prestígio, o posto oferece remuneração anual de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão), além de diárias e benefícios para viagens internacionais.Os demais representantes da Conmebol no Conselho da Fifa são Ignacio Alonso (Uruguai), Ramón Jesurun (Colômbia) e Maria Sol Muñoz (Equador).A retirada do Brasil do grupo representa um duro golpe político no momento em que o país também corre riscos de sanções da entidade máxima do futebol mundial por possível interferência externa na CBF.

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