Selic alta: 5 passos para encontrar os melhores CDB, LCI e LCA e sair da poupança

Com a taxa Selic no maior patamar em mais de 20 anos, muitos investidores estão buscando alternativas mais rentáveis e seguras do que a tradicional poupança. Nesse cenário, os CDBs, LCIs e LCAs surgem como opções atrativas, mas é fundamental saber como escolhê-los. A seguir, apresentamos um guia com 5 passos essenciais para aproveitar as melhores oportunidades de renda fixa no atual ambiente de juros elevados.

Passo 1: Escolha bem a corretora ou banco

O primeiro e mais importante passo é saber escolher onde você vai investir. É preciso entender a diferença entre:

  • Corretora ou banco onde você investe: funciona como um supermercado, oferecendo uma variedade de produtos.

  • Banco emissor do título: instituição responsável por emitir o CDB, LCI ou LCA.

Por exemplo, você pode ter conta na XP Investimentos e adquirir um CDB emitido pelo Banco Pine ou pelo C6 Bank. A escolha da corretora é fundamental porque ela determina o leque de produtos disponíveis.

Dica: priorize corretoras e bancos médios, como a própria XP ou o BTG Pactual, que costumam oferecer uma ampla gama de investimentos com taxas competitivas.

Se você investe apenas nos grandes bancos tradicionais, pode estar deixando de aproveitar boas oportunidades fora do chamado “top five” bancário.

Passo 2: Fique atento ao melhor horário para investir

Embora não exista um “melhor dia” da semana ou do mês para investir em renda fixa, o horário faz toda a diferença.

As melhores oportunidades surgem geralmente às 10h da manhã, quando as corretoras disponibilizam as ofertas do mercado secundário — títulos que foram adquiridos por outros investidores e estão sendo revendidos. Essas ofertas, muitas vezes, apresentam taxas mais atrativas.

Atenção: essas oportunidades acabam rápido. Portanto, esteja preparado para agir com agilidade.

Além disso, em grupos especializados, como no Telegram, investidores relatam boas oportunidades também às 8h da manhã, especialmente no Banco Daycoval.

Passo 3: Compare sempre a rentabilidade com o Tesouro Direto

Antes de investir, compare a rentabilidade do CDB, LCI ou LCA com os títulos equivalentes do Tesouro Direto, que são considerados os investimentos mais seguros do país.

Como fazer essa comparação?

  1. Acesse o site do Tesouro Direto.

  2. Consulte o Histórico de Preços e Taxas.

  3. Identifique títulos de prazo e indexador semelhantes:

    • CDB prefixado → Tesouro Prefixado (LTN).

    • CDB atrelado à inflação → Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal).

Regra de ouro: nunca aceite uma rentabilidade menor do que a oferecida pelo Tesouro Direto. Por conta do risco de crédito, o CDB deve pagar mais.

Critério recomendado:

  • Para títulos atrelados ao IPCA: pelo menos 1% ao ano a mais.

  • Para prefixados: no mínimo 2% ao ano a mais.

Infelizmente, é comum encontrar CDBs pagando menos do que o Tesouro Direto — uma verdadeira aberração que deve ser evitada.

Passo 4: Avalie a segurança do banco emissor

Mais importante do que confiar na corretora é analisar a solidez do banco emissor do título. Afinal, o risco de crédito (calote) é real, embora mitigado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Proteção do FGC:

  • Cobre até R$ 250 mil por CPF, por instituição.

  • Vale para soma de CDB, LCI e LCA em cada banco.

  • Se você dividir seus investimentos em 4 bancos diferentes, pode ter até R$ 1 milhão garantido.

No entanto, o ideal é nem precisar acionar o FGC. Por isso, avalie o risco de crédito com base em quatro critérios:

Como avaliar o risco do emissor?

  1. Análise de balanços – Para investidores mais experientes, consultar o balanço patrimonial é essencial.

  2. Relatórios de casas de análise – Serviços pagos fornecem análises profundas sobre a saúde financeira das instituições.

  3. Rating de crédito – As corretoras disponibilizam classificações de risco:

    • AAA: máxima segurança.

    • AA: segurança elevada.

    • A: segurança moderada.

    • BBB ou inferior: risco mais elevado.

  4. Sites especializados – Plataformas como o bancodata.com.br oferecem informações gratuitas sobre lucro, índice de Basileia e outros indicadores financeiros dos bancos emissores.

Dica: jamais invista mais do que R$ 250 mil em uma mesma instituição, incluindo o valor investido mais os juros. Se o banco quebrar e você estiver acima do limite garantido, terá prejuízo.

Passo 5: Atenção ao prazo e à liquidez

A escolha do prazo do CDB é determinante para sua estratégia de investimento.

Regras importantes:

  • Liquidez diária: Ideal para quem quer flexibilidade. Indicado apenas para CDBs pós-fixados.

  • CDBs com vencimento fixo: Evite resgatar antes do prazo, pois:

    • Você pode sofrer perda na rentabilidade.

    • O banco pode cobrar spread (deságio) na recompra.

Prazo recomendado:
Evite CDBs com vencimento inferior a 2 anos. Isso porque:

  • O Imposto de Renda incide de forma regressiva:

    • Até 180 dias: 22,5%.

    • De 181 a 360 dias: 20%.

    • De 361 a 720 dias: 17,5%.

    • Acima de 720 dias: 15%.

  • Prazos muito curtos não permitem que os juros compostos maximizem seus ganhos.

Por outro lado, CDBs muito longos (7, 10 anos) aumentam o risco, principalmente se emitidos por bancos de menor solidez.

LCI e LCA: vantagem extra!

  • São isentas de Imposto de Renda.

  • Rentabilidade bruta = rentabilidade líquida.

  • Ideal para quem busca simplicidade e proteção.

Siga esses passos e saia da poupança!

Ao seguir este passo a passo — escolhendo bem a corretora, investindo no horário certo, comparando a rentabilidade com o Tesouro Direto, avaliando a segurança do emissor e ajustando o prazo — você estará apto a tomar decisões mais inteligentes e rentáveis na renda fixa.

E lembre-se: investir bem não é apenas encontrar a maior taxa, mas também equilibrar rentabilidade, segurança e prazo.

Para mais dicas exclusivas, participe do grupo aberto no Telegram, onde mais de 100 investidores trocam experiências e oportunidades diariamente.

O post Selic alta: 5 passos para encontrar os melhores CDB, LCI e LCA e sair da poupança apareceu primeiro em O Petróleo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.