Prefixados em queda: ainda vale a pena investir?

As taxas de rentabilidade dos investimentos prefixados estão em queda desde o início de 2025. Em maio, o recuo foi significativo — mas isso não significa que a oportunidade desapareceu. Pelo contrário: mesmo com rendimentos menores do que os vistos no primeiro trimestre, alguns títulos continuam oferecendo retornos superiores a 100% no longo prazo.

A seguir, entenda por que o cenário mudou, o que esperar das taxas daqui para frente e como aproveitar os prefixados enquanto ainda há boas ofertas.

Queda das taxas: reflexo do novo ciclo econômico

Com o início da trajetória de queda da Selic no Brasil, o mercado passou a reprecificar os investimentos de renda fixa prefixada. O Boletim Focus de 23 de maio de 2025 já sinalizava esse movimento:

  • Selic esperada para o fim de 2025: de 15% caiu para 14,75%;

  • Selic projetada para 2026: caiu de 13% para 12,5%;

  • Inflação prevista: 5,5% para 2025 e 4,5% em 2026, seguindo para 4% em 2027.

Esse cenário reduz a atratividade dos ativos prefixados novos, mas valoriza os papéis já disponíveis com taxas mais altas.

Ainda vale a pena? Sim — Se você agir agora

Mesmo com a queda das taxas, ainda é possível encontrar LCIs e LCAs pagando acima de 13% ao ano, além de títulos do Tesouro Prefixado 2032 com retorno bruto de 13,84%. A diferença é que essas taxas estão ficando mais raras e devem continuar caindo à medida que a Selic recua.

Opções recomendadas:

  • Tesouro Prefixado 2032:
    Taxa de 13,84% ao ano (em 31/05/2025);
    Possível dobrar o capital em pouco mais de 5 anos.

  • LCA no Banco da Ecoval:
    Taxas entre 13,1% e 13,4% ao ano, com isenção de IR.
    Aplicações a partir de R$ 10 mil.

  • LCA no Banco ABC Brasil:
    Pagando 13,36% ao ano.
    Boa opção para quem busca menor risco e liquidez moderada.

Simulação: como dobrar R$ 10.000 com prefixado

Usando a calculadora oficial do Tesouro Direto, um investimento de R$ 10.000 no Tesouro Prefixado 2032 renderia aproximadamente R$ 21.223 líquidos no vencimento — após impostos. Isso representa mais que o dobro do valor investido, mesmo com a incidência de IR.

Essa rentabilidade é resultado do efeito dos juros compostos ao longo dos anos. Quanto maior o prazo, mais os juros se acumulam, aumentando exponencialmente o retorno final.

Curto, médio ou longo prazo? Estratégias de alocação

Segundo o “Mapa Mental da Renda Fixa”, uma ferramenta educacional usada no vídeo de referência, a escolha entre os tipos de renda fixa depende do prazo e objetivo do investidor:

  • Curto prazo (até 1 ano):
    CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic.

  • Médio prazo (2 a 5 anos):
    LCIs/LCAs prefixadas com boas taxas.

  • Longo prazo (5+ anos):
    Tesouro Prefixado ou títulos privados de longo vencimento.

Para horizontes acima de 3 anos, os títulos do Tesouro se mostram ainda mais vantajosos pela maior previsibilidade e efeito do tempo sobre os juros compostos.

Atenção: a janela está se fechando

Os títulos prefixados com boas taxas tendem a desaparecer rapidamente do mercado à medida que o Banco Central confirma a tendência de redução da Selic. A queda da inflação e o alívio no risco fiscal também contribuem para o recuo das taxas.

Logo, quem travar uma taxa agora estará garantindo uma rentabilidade acima da média por anos — em um país conhecido pelo seu alto juro real.

Prefixados ainda são oportunidade

Apesar da queda, os prefixados ainda representam uma excelente oportunidade para quem deseja previsibilidade, segurança e boa rentabilidade. O importante é alinhar o investimento ao seu horizonte de tempo e agir antes que as taxas caiam ainda mais.

Se você busca um rendimento sólido e estável para os próximos anos, essa pode ser sua última chance de travar taxas superiores a 13% ao ano.

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