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Pastel de Miolos
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Mas nem só do ex-Judas Priest vive o festival BigBands 2025. Em primeiro lugar, é bom explicar que o BB não tem uma estrutura bonitinha, com os shows todos acontecendo no mesmo lugar durante alguns dias em sequência. Batalhador, Rogério Big realiza o BB nas datas que consegue agendar, com as bandas que consegue arregimentar, nos locais que consegue bancar – já que faz tudo sem apoio, seja estatal ou privado.De forma que, depois desta noite de sexta com Tim Owens, Estrada Perdida e Electric Poison, a próxima data do festival só acontece quase dois meses depois, no dia 26 de julho, com as bandas Podridão (SP), Velho (RJ) e a local Bozokill, na Discodelia Pub & Records (Rio Vermelho, ingressos à venda na 101tickets.com.br).A data seguinte é 2 de agosto, com shows acontecendo simultaneamente em Salvador – com Mystifier e Eternal Sacrifice, novamente na Green House (ingressos no Sympla) – e na cidade de Dias D’Ávila, numa parceria com o coletivo Quintal do Rock, apresentando as bandas Pastel de Miolos e Búfalos Vermelhos & A Orquestra de Elefantes.O BigBands 2025 se encerra em 6 de setembro, no Espaço Dona Neuza, no Marback, com show do residente Irmão Carlos Psicofunk e outras atrações ainda não confirmadas. “O BB é feito realmente sem nenhum apoio, o que dá total liberdade, não temos que nos curvar a regras de editais, de patrocinadores, pedidos de indicação de artistas para tocar, nada. É um festival 100% livre”, delimita Rogério Big.Não que Big seja alérgico à apoios ou patrocínios – inclusive, duas edições anteriores (2009 e 2012) contaram com apoios. O que falta é realmente interesse da parte de quem tem a caneta ou a chave do cofre. “Hoje você tem grandes festivais como o Radioca, o Sangue Novo, o Afropunk, e tantos outros acontecendo, basicamente com o mesmo perfil da nova música brasileira. Poucos ou nenhum deles abre espaço para o heavy metal baiano, para o hardcore baiano, para o rock pesado autoral baiano”, nota Big.“O festival BigBands, hoje, junto com o Palco do Rock (no Carnaval) talvez sejam os dois festivais com continuidade no estado que se dedicam a esse tipo de música”, reivindica.Para Big, esse cenário é uma contradição, já que, esses gêneros que ele privilegia em seus eventos também são “música baiana”. “Toda música feita na Bahia é música baiana. O heavy metal produzido na Bahia é música baiana. O punk rock produzido na Bahia é música baiana. Quando gestores culturais – do município e do estado – perceberem isso, talvez um festival como o BigBands tenha outra cara”, observa Big.Legitimidade analógica
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Veteranos do heavy metal baiano com álbuns lançados no exterior e turnês pela Europa, a banda Mystifier, liderada por Armando “Beelzeebubth” acredita que a permanência de bandas como a dele se deve à legitimidade de quem veio do pré-digital: “O público internacional tem venerado muitas bandas, assim como a nossa, que vieram do final dos anos 1980 e início dos anos 90 (era analógica). O público suplicou por algo mais ‘raw’ (cru), frente a um mercado digital, onde muitas bandas se assemelham e não conseguem se firmar”, observa Armando.Na Green House, a banda, que pratica um black metal de primeira hora e tem muitos fãs, vai apresentar músicas clássicas e novas composições. “Devemos apresentar alguma surpresa, como a participação de ex-integrantes do grupo ou algo sobrenatural, terrificante”, diverte-se Armando.“Essa sempre foi/é nossa essência, né?! Para quem já acompanha o Mystifier, será mais uma apresentação monumental. Mas, para os novos adeptos e agregados, nossa postura e performance no palco, poderá parecer paranormal”, avisa. E como se sabe, “quem avisa, amigo é”.Bigbands 2025 / Sexta-feira (06), 18h: Tim “Ripper” Owens, Electric Poison e Estrada Perdida / Green House (Rio Vermelho) / R$ 90 e R$ 100 / Vendas: Sympla / Confira toda a programação dos outros dias do BigBands no perfil instagram.com/bigbrossprodutora