O Minas Summit 2025, considerado o maior evento de inovação corporativa de Minas Gerais, começou nesta quinta-feira (5) em Belo Horizonte. A terceira edição, realizada no BeFly Minascentro, contará com mais de 400 palestrantes e deve atrair mais de 10 mil pessoas em apenas dois dias de evento.
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Ao BHAZ, Paulo Justino, um dos organizadores do evento e CEO da FCJ Group, contou que o objetivo principal da feira é consolidar Minas no cenário nacional de inovação. “Aqui a gente congrega toda uma comunidade, uma sociedade. Seja de BH, Minas e do mundo. A partir de 2019, Minas perdeu um pouco do protagonismo da inovação. A gente teve uma geração muito boa com a Hotmart, mas esfriou, estagnou, e agora a gente está retomando. O que a gente faz aqui é atuar como um catalizador.”
Justino destaca que a inovação em Minas tem se destacado no cenário internacional. O evento recebe este ano delegações e especialistas da Irlanda, Argentina, Chile, Estados Unidos, Portugal, Espanha e Israel. “Outros países querem ver o que temos feito aqui. Temos convidados de várias partes do mundo pra difundir nossa inovação”, ressaltou.
IA no dia a dia
O CEO Paulo Justino afirma que o grande destaque do Minas Summit 2025 é o debate sobre o uso da Inteligência Artificial. “O mineiro não precisa sair daqui para gastar dinheiro fora para assistir uma palestra. A gente está trazendo para ele aqui um conteúdo gigante sobre esse tema”, avisou.
A palestra “Além do hype: como Localiza e Unimed estão aplicando IA para gerar valor no dia a dia” abriu a série de debates que serão realizados durante os dois dias de evento. Representantes das duas multinacionais mineiras destacaram como a tecnologia tem auxiliado no processo de produção das empresas. “Muita gente acha que a Inteligência Artificial nasceu com o Chat GPT há dois anos, mas a gente já usa nos processos da Localiza há muito tempo. Nós temos dezenas de modelos de IA preditivo e prescritivo, seja pra movimentação de frota, precificação, crédito, cobrança, identificação de indivíduo e outros vários modelos”, disse ao BHAZ, André Petenussi, CTO Localiza.
Fundada em Belo Horizonte, em 1973, a Localiza é líder no mercado de veículos de frota no país e é uma das 10 marcas mais valiosas do Brasil. André destaca que a empresa tem hoje um time de tecnologia de 1.500 engenheiros que vem trabalhando num novo modelo chamado generativo, para buscar formas de transformar o trabalho mais produtivo. “Evoluímos e hoje temos parceria com a Microsoft, que nos ajudou a criar um copiloto de inteligência artificial para apoiar desenvolvedores para que eles possam realizar o trabalho de forma mais fácil, rápida e produtiva. Além também de criar modelos customizados pra localizar atendimento e melhorar a experiência do cliente para campanhas de marketing.”
Luiz Cruz, CIO da Unimed, também falou da importância da IA nos processos da empresa. “Inteligência Artificial pra gente também é antigo. Na Unimed começou em 2017 em parceira com a WS, na época, e que nos ajudou a olhar e solucionar os problemas que vivenciamos naquele momento para ter mais resultados”.
Ele relembra que um dos problemas era transformar os processos manuscritos para digitais. “A gente tinha um problema muito sério que era a de autorização de exames e consultas, que era tudo manual. A gente começou a estudar os nossos bancos de dados e entender os nossos pacientes. A partir daí automatizamos. Pra se ter uma ideia, hoje, 93% dos nossos exames e consultas são liberados através de IA”, comemorou Luiz. Além disso, segundo ele, só no ano passado foram autorizados 18 milhões de exames, consultas e cirurgias inteiramente através de IA.
O Minas Summit 2025 segue até esta sexta-feira (6). Serão quase 80 horas de conteúdo distribuídas em sete palcos simultâneos. A expectativa é de reunir 1.500 startups e 150 estandes. Ainda segundo o CEO do evento, Paulo Justino, em dois dias de evento, a expectativa é gerar R$ 80 milhões em negócios. “No ano passado encerramos o evento com R$ 50 milhões gerados, entre investimentos e negócios fechados. Este ano nós temos um espaço de rodada de negócios. É um movimento muito grande. Gostaria de destacar tanta gente fora de BH que veio e que inundou bares e restaurantes. Ou seja: isso gera uma economia para o local”, concluiu.
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