No Dia Mundial do Meio Ambiente, Jacqueline Sato propõe ativismo sistêmico e critica a lógica do descarte

Jacqueline Sato

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a reflexão sobre nossas responsabilidades ganha ainda mais força. Jacqueline Sato é uma dessas figuras públicas que transformam a visibilidade em ação concreta. Atriz, apresentadora, dubladora, produtora e ativista, ela se destaca pelo engajamento em causas ambientais e de proteção animal, consolidando uma trajetória que vai além das telas.

Visibilidade que inspira mudança

Nos últimos anos, Jacqueline ampliou sua presença em projetos que discutem identidade e reconstrução. Na novela “Volta Por Cima”, exibida na Globo, interpretou Yuki, personagem marcada por questões como relacionamentos abusivos e cárcere privado. Já no programa “Mulheres Asiáticas”, que criou e apresentou no canal E! Entertainment, ela liderou conversas sobre representatividade, desconstruindo estereótipos e dando voz a narrativas pouco exploradas pela grande mídia.

Engajamento ambiental: além das escolhas individuais

Desde 2021, Jacqueline atua como embaixadora do Greenpeace Brasil, participando de campanhas e ações educativas. Contudo, seu ativismo começou antes. Em 2019, ela integrou o grupo de artistas que entregou uma carta-denúncia ao Ministério Público Federal, contra o desmonte das políticas ambientais no país.

Jacqueline Sato
Foto: Greenpeace Brasil/Larissa Martins.

Ela acredita na importância das escolhas individuais — como a compostagem doméstica, a redução do consumo de carne, e o uso de utensílios reutilizáveis —, mas ressalta:

“Não adianta romantizar essas escolhas como se, sozinhas, fossem salvar o planeta. O grande impacto vem das estruturas maiores, das grandes corporações, dos sistemas econômicos e da omissão governamental. O ativismo precisa ser coletivo, político e sistêmico. E o coletivo é feito de indivíduos”, afirma.

Experiência em campo: aprendizados na Amazônia

Em 2022, Jacqueline visitou a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, na Amazônia. Lá, presenciou como comunidades ribeirinhas abandonaram atividades predatórias, como a extração ilegal de madeira, para investir em alternativas sustentáveis como o ecoturismo e o artesanato.

“Eles não usam termos como ‘economia circular’ ou ‘resiliência ecológica’, mas praticam isso todos os dias. Foi uma experiência que me ensinou a ouvir mais e a questionar os modelos urbanos que chamamos de desenvolvimento. Progresso de verdade não extrai: cuida, cultiva e multiplica”, reflete.

A causa animal como extensão do ativismo

Outro eixo fundamental de sua atuação é a causa animal. Jacqueline é fundadora da House of Cats, organização que já garantiu lares para mais de 2.700 gatos resgatados. Além disso, promove campanhas de castração, vacinação e cuidados veterinários, fortalecendo a ideia de responsabilidade compartilhada.

“Cuidar de um animal não é um gesto menor. É um exercício cotidiano de ética e de compromisso com a vida. No fundo, é também uma forma de resistência contra a lógica do descarte, essa mesma que destrói o planeta”, destaca.

Jacqueline Sato
foto: Greenpeace Brasil/Larissa Martins.

Ativismo sistêmico e responsabilidade coletiva

Com uma trajetória que conecta arte, ativismo e impacto social, Jacqueline Sato é um exemplo de como figuras públicas podem usar sua visibilidade para promover transformações significativas. Ela acredita que o ativismo precisa ir além do individual, fortalecendo um movimento coletivo capaz de enfrentar a crise ecológica com profundidade e coragem.

“Sempre busco sensibilizar o maior número de pessoas para que, juntos, possamos gerar a transformação necessária”, conclui a atriz e ativista.

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