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De acordo com Sica, ao mesmo tempo que são realizadas as etapas de implantação da SAF, também já ocorrem conversas com possíveis investidores. “O Vitória hoje tem uma grandiosidade e tem uma atratividade que, ao você falar de SAF, invariavelmente surgem conversas e as conversas acontecem e têm acontecido”.
Os investidores desse tipo, para o tamanho do Vitória, são investidores conhecidos. Não são muitos, porque são conhecidos e a gente sabe quem tem capacidade para fazer esse tipo de aporte, quem tem interesse em fazer esse tipo de aporte. Então, essas conversas estão acontecendo.
André Sica, advogado do escritório CSMV
Alguns do principais pontos abordados na palestra foram a análise documental realizada no clube, com as propostas do CSMV Advogados para a constituição da estrutura interna e mudanças no estatuto para adequação à SAF, negociações com investidores e as garantias de direitos através de um Acordo de Acionistas, além dos ritos de aprovação de todo o processo com Assembleia Geral e participação dos Conselhos.”São trabalhos paralelos. Ao mesmo tempo que a gente estava trabalhando no diagnóstico, já pensamos no modelo, apontamos trabalhos que precisávamos fazer. Um desses já é um gancho para a próxima etapa, o rito de aprovação da SAF. É um tema que já tratamos um pouquinho no último workshop. Por quê? Porque o Estatuto do Vitória já tem hoje um rito específico para aprovação de SAF, mas que fala apenas numa constituição. Não fala de um processo completo como estamos tratando. Então, quando a gente faz o trabalho de também tratar o estatuto do clube, é já pensando em como vamos sentar da melhor maneira possível com o investidor, como é que a gente deixa tudo aprovado para estar na melhor posição possível na hora de falar com o investidor. Todos aqui devem conhecer bem o estatuto do clube. Esse modelo vai passar pelos Conselhos Fiscal e Deliberativo, que pode constituir uma comissão especial, e pela Assembleia Geral para depois poder constituir a SAF e implementar efetivamente o projeto de uma maneira bem simplificada”, detalhou Octávio Vidigal.O CSMV detalhou sobre o modelo já com a figura do investidor e a divisão de ativos entre empresa e associação. O escritório pontuou que a SAF sendo integralmente controlada pela associação é parte de um processo, enquanto a etapa seguinte é finalizar com a venda e possibilidade de gozar dos benefícios do aporte financeiro investido pelo comprador.”Tem ativos obrigatórios por lei, por exemplo, departamento de futebol. Já que a gente está falando de uma Sociedade Anônima do Futebol, obrigatoriamente os contratos de atletas e tudo aquilo que está diretamente conectado com o departamento de futebol vão para essa nova empresa, mantendo na associação tudo aquilo que faz parte da vida associativa. Mas é muito importante que a gente também conecte aqui os direitos de propriedade intelectual. Estamos falando do uso da marca, dos símbolos, do hino. Isso pode acontecer de diversas maneiras. Podemos integralizar esse direito nessa nova empresa, podemos fazer um contrato de licenciamento que permita que esse direito permaneça na associação e que ela autorize a SAF a fazer uso dela”, explicou Danielle Maiolini.Além disso, foi apresentado um plano arquitetônico, de construção e negócios envolvendo o projeto da Arena Barradão. As empresas responsáveis pela realização serão a SDPlan, corporação de arquitetura e engenharia que tem participação na construção das Arenas da Amazônia, Cuiabá e das Dunas, e a AR Foods, voltada para o consumo e responsável pela gestão de bares na Neo Química Arena, do Corinthians. O projeto deve ser apresentado ao Conselho Deliberativo em até 60 dias.Após o fim da palestra, houve ainda uma sessão de perguntas e respostas com conselheiros do Vitória para serem esclarecidas as últimas dúvidas. O trabalho de implementação da SAF do Leão da Barra segue.