Com o aumento do interesse por ações que pagam bons dividendos, analistas da Capitalizo avaliaram quatro empresas bastante procuradas por investidores: Suzano (SUZB3), Copasa (CSMG3), Telefônica Brasil (VIVT3) e ISA Cteep (ISAE4). A expectativa é de que essas companhias mantenham ou ampliem seus pagamentos nos próximos anos, mas cada uma delas apresenta particularidades que merecem atenção.
Telefônica (VIVT3): estabilidade com possibilidade de payout acima de 100%
A Telefônica, conhecida pela receita estável e operação madura, enfrenta críticas sobre atrasos em pagamentos de dividendos e questões de governança. Apesar disso, a empresa já passou por um processo de limpeza na base acionária e tende a distribuir lucros represados. Os analistas esperam dividendos superiores ao lucro líquido até 2026, com um payout acima de 100%.
ISA Cteep (ISAE4): risco no RBSE pode afetar pagamentos
A transmissora de energia elétrica segue entre as maiores pagadoras de dividendos do mercado, beneficiada pela RAP (Receita Anual Permitida) e leilões vencidos nos últimos anos. No entanto, um possível recálculo nos valores da RBSE — indenização recebida por ativos antigos — pode impactar negativamente os proventos. A decisão sobre esse ajuste deve ocorrer ainda em 2025. Atualmente, a empresa recebe cerca de R$ 1,6 bilhão ao ano via RBSE.
Copasa (CSMG3): saneamento com dividendos sólidos e chance de privatização
A Copasa se destacou pelo pagamento robusto de dividendos após a pandemia, impulsionada por cortes de custos e redução de passivos trabalhistas. Embora o yield tenha caído recentemente devido à valorização da ação, os pagamentos devem continuar relevantes. Há ainda especulações sobre uma possível privatização da empresa, o que poderia destravar valor adicional aos acionistas.
Suzano (SUZB3): baixo yield hoje, mas grande potencial de crescimento
Apesar do dividendo atual mais modesto, a Suzano apresenta forte potencial de valorização futura dos proventos. A empresa vem diversificando com produtos de maior valor agregado, como embalagens, e se beneficia do crescimento da demanda global por celulose. Mesmo com alta alavancagem, a expectativa é de forte geração de caixa e aumento gradual no pagamento de dividendos.
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