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O limite considerado perigoso é de 35°C de bulbo úmido, temperatura em que a sobrevivência humana por longos períodos se torna inviável.“Essas condições, próximas ou além da tolerância fisiológica humana prolongada, ocorreram principalmente por apenas 1 a 2 horas de duração. Elas estão concentradas no sul da Ásia, no litoral do Oriente Médio e no litoral sudoeste da América do Norte”, diz um trecho do estudo.Ou seja, os dados analisados até 2017 já mostram episódios curtos de calor extremo com níveis perigosos, mas nenhum deles ocorreu no Brasil.E o Brasil nessa história?A confusão surgiu a partir de um artigo publicado pela NASA em 2022, dois anos após o estudo original. No texto, a agência comenta os riscos futuros das temperaturas de bulbo úmido ultrapassarem o limite de 35°C com mais frequência e por períodos mais longos.Em uma entrevista dentro do artigo, Colin Raymond afirma que algumas regiões do mundo poderão ultrapassar esse limite nos próximos 30 a 50 anos, segundo projeções climáticas.Entre os locais citados como possivelmente vulneráveis estão: Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho, leste da China, partes do sudeste da Ásia e o Brasil.No entanto, o próprio pesquisador ressalta que é difícil fazer projeções precisas e que trata-se de possibilidades climáticas, não de previsões deterministas. Em nenhum momento ele afirma que o Brasil se tornará inabitável.A confusão sobre o assuntoO boato sobre a “inabitabilidade do Brasil em 50 anos” deturpa o conteúdo original da pesquisa e do artigo de 2022. Ele ignora as nuances do estudo, o caráter especulativo das projeções e desconsidera que o Brasil sequer é foco da análise principal.Embora o país esteja enfrentando consequências reais das mudanças climáticas, como ondas de calor, secas severas e eventos extremos, não há qualquer estudo da NASA que declare que o Brasil se tornará inabitável até 2070.