Com desconto de 50%, Correios não conseguem vender prédio na Pituba

O leilão para a venda do prédio da antiga sede dos Correios no bairro da Pituba não atingiu o seu objetivo. Realizado no último dia 12, a nova tentativa de venda até encontrou interessados, mas o negócio não foi fechado. O lance inicial era de R$ 109 milhões.“Os Correios receberam 3 propostas abaixo do valor mínimo. Não houve avanços na negociação com a venda o imóvel dos Correios, localizado na Pituba, em Salvador”, informou a estatal em nota.

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Abandonado em 2018, desde 2019 os Correios tentam vender o imóvel. O primeiro valor mínimo foi fixado em R$ 248 milhões. Já em 2020, o valor da venda do imóvel diminuiu para R$ 211,5 milhões. Em 2021 e 2022, o prédio foi colocado novamente em leilão, mas não foi arrematado.Levando em consideração o primeiro e o último valor, o imóvel teve uma desvalorização de 56% no período de seis anos. Ainda não há informações sobre quando o próximo leilão vai acontecer.O imóvel tem aproximadamente 35 mil m², com localização privilegiada. A área possui um edifício com 17 pavimentos, 7 elevadores e construções térreas. Considerando todo o terreno, o imóvel tem potencial construtivo estimado de até 105 mil m².Além da estrutura, o prédio também se destaca pela sua localização. A antiga sede dos Correios fica na Avenida Paulo VI, uma das principais vias da cidade, que dá acesso à orla e fica próximo de área de colégios, universidades, estabelecimentos comerciais como restaurantes e comércio varejista, além de condomínios residenciais com padrão econômico de médio a alto.RomboOs Correios procuram alternativas para saírem do vermelho. A estatal teve um rombo de R$ 2,6 bilhões em 2024. O prejuízo foi quatro vezes maior que em 2023, quando foi registrado um rombo de R$ 597 milhões.A empresa atribuiu o prejuízo bilionário à ‘taxa das blusinhas’, afirmando que foi “uma demanda do varejo nacional que teve impacto positivo para o setor, mas negativo para os Correios”.Em nota, Os Correios disseram enfrentar um “legado de sucateamento com investimentos e modernização”. A empresa frisou que, mesmo com o prejuízo, foram investidos R$ 830 milhões no último ano, renovando frota, modernizando a infraestrutura e ampliando sua capacidade tecnológica.

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