
Laudo toxicológico que comprovou que Nathália Garnica também foi envenenada foi entregue à polícia na quarta-feira (18). Elizabete Arrabaça está presa por envolvimento no assassinato de Larissa Rodrigues. Polícia deve interrogar Luiz Garnica e Elizabete Arrabaça na próxima semana
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) vai investigar se Elizabete Arrabaça, presa por suspeita de envolvimento na morte da nora, Larissa Rodrigues, também matou a própria filha, Nathália Garnica.
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Isso porque as duas morreram após ingestão de ‘chumbinho’, entre fevereiro e março deste ano, e Elizabete pode ter ligação com os dois casos.
Além dela, o filho, Luiz Antônio Garnica, marido de Larissa e irmão de Nathália, também está preso. Ele é suspeito de envolvimento na morte de Larissa. As defesas dos dois suspeitos negam participação nos crimes.
Nathália Guarnica e Larissa Rodrigues eram cunhadas e morreram envenenadas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/g1
Na quarta-feira (18), a Polícia Civil recebeu o laudo toxicológico que apontou que o veneno foi encontrado em partes do pulmão, do estômago e do fígado de Nathália.
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Delegado que acompanha o caso, Fernando Bravo informou que a investigação sobre a morte de Nathália ocorre em paralelo à investigação da morte de Larissa.
“Os dois [Luiz e Elizabete] já foram ouvidos no início da investigação da Larissa. Agora, nós precisamos ouvi-los em relação à morte da Nathália e em relação à morte, novamente, da Larissa. Todos os detalhes que nós temos, todas as informações que conseguimos até agora, não conseguimos analisar tudo, porque o volume de dados é muito grande. O que a gente tem ali, conseguimos já formar uma ideia pra onde vai a investigação”.
Na próxima semana, a polícia deve ouvir mais testemunhas dos dois casos e fazer análise de dados de outros telefones celular.
“Estamos analisando e tocando as duas investigações ao mesmo tempo e verificando o que pode ser utilizado pra uma investigação e pra outra”.
Morte de Nathália Garnica
Nathália Garnica, de 42 anos, morreu em fevereiro deste ano, um mês antes da cunhada, Larissa Rodrigues.
Nathalia Garnica e o irmão, o médico Luiz Antonio Garnica, de Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
Inicialmente, a morte dela foi registrada como ‘natural’, causada por um infarto. Ela não apresentava problemas de saúde aparentes.
Com o resultado positivo do Instituto Médico Legal (IML) para a presença de ‘chumbinho’ no corpo dela, o caso passou a ser investigado como homicídio.
Morte de Larissa Rodrigues
Larissa Rodrigues, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com Luiz Antônio em Ribeirão Preto no dia 22 de março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como ‘chumbinho’.
O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como Nathália, irmã de Garnica.
A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que um pedido de divórcio de Larissa, que pouco tempo antes havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, pode ter motivado o crime.
Além disso, suspeitam do envolvimento de Elizabete, última pessoa a estar no apartamento da vítima antes da morte da professora.
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