O fundo imobiliário CDII11, especializado em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), apresentou em junho de 2025 uma distribuição equivalente a 114% do CDI, consolidando-se como uma das opções de renda passiva mais atrativas da categoria. O pagamento aos cotistas foi de R$ 0,115 por cota, com manutenção de reservas, o que reforça a expectativa de novas distribuições acima da média nos próximos meses.
Distribuição acima da média com impacto positivo da Selic alta
A combinação de uma Selic elevada e a estrutura da carteira de crédito tem impulsionado o rendimento do CDII11. Atualmente, o portfólio do fundo carrega um retorno líquido de CDI + 1,75% ao ano, já descontadas todas as taxas e despesas operacionais.
Mesmo com a volatilidade nos mercados de crédito, o fundo manteve sua estratégia de diversificação e reforço de caixa, o que contribuiu para o resultado expressivo em junho.
Como está a composição da carteira do CDII11
O CDII11 está hoje com 96% do patrimônio líquido alocado, sendo:
- 66,8% em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio)
- 25% em FIDICs e Fiagros
- 4% em caixa (após amortizações recentes)
A taxa média da carteira, considerando o portfólio atual, permanece atrativa, o que garante competitividade frente a outras alternativas de renda fixa.
Amortizações e reinvestimentos recentes
Durante o mês, o fundo recebeu uma amortização de R$ 3,17 milhões de um FIDIC, aumentando o caixa temporariamente. Parte desse valor foi rapidamente realocada em duas novas operações: uma com a Ecoagro Insumos e outra com a BFall, ambas com taxas superiores à média da carteira, chegando a CDI + 4%.
Esses movimentos demonstram a capacidade do gestor em reciclar capital de forma eficiente, buscando sempre melhorar o retorno ajustado ao risco.
Pontos de atenção: operações em reestruturação
Apesar do desempenho positivo, o fundo segue monitorando de perto algumas operações problemáticas, como:
- FIDC Caeté: Processo de recuperação em andamento, com incertezas quanto ao prazo de resolução.
- Agrogalaxy: Já teve reclassificação patrimonial e continua sendo um ativo de atenção dentro da carteira.
- Solubio: Embora sem inadimplência até o momento, o fundo segue em acompanhamento constante.
Vale destacar que a gestora já realizou remarcações patrimoniais para refletir essas situações de risco, o que significa que eventuais perdas já estão parcialmente contabilizadas no valor patrimonial atual.
Perspectivas para os próximos meses
Diante do cenário de juros altos, a tendência é que o CDII11 continue distribuindo dividendos próximos ou superiores aos R$ 0,095 por cota, faixa que tem se mostrado sustentável mesmo com oscilações pontuais nas entradas de caixa.
O fundo também sinalizou que novas alocações devem ocorrer em breve, reforçando a estratégia de manter o portfólio sempre produtivo.
Além disso, o número de cotistas se estabilizou na casa dos 29 mil investidores, o que indica confiança do mercado mesmo em meio aos desafios enfrentados por algumas operações.
CDII11 se mantém entre os destaques em renda fixa estruturada
Com uma gestão ativa, capacidade de reciclagem de portfólio e foco em manter distribuições consistentes, o CDII11 reforça sua posição como um dos FIIs de papel com melhor relação risco-retorno no cenário atual.
Para os investidores que buscam alternativas com bom desempenho frente ao CDI, o fundo segue como uma opção relevante, principalmente enquanto a Selic permanecer elevada.
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