Faturamento no varejo cresce no 1º trimestre na região de Campinas, mas Fecomercio aponta preocupação com endividamento


Aumento foi puxado por setores de autopeças e de vestuário, acompanhando o estado de São Paulo. Setores de autopeças e vestuário puxaram alta no faturamento na região de Campinas (SP).
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
O varejo na região de Campinas teve uma alta de 8,6% no faturamento no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com a Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP), o aumento foi puxado por dois setores, o de autopeças e acessórios, e o de vestuário. Confira abaixo.
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Para a entidade, o resultado positivo está relacionado com o mercado de trabalho aquecido e o crédito em expansão. Porém, há preocupação quanto ao ritmo de endividamento e inadimplência a médio prazo.
Faturamento na região
De acordo com a FecomercioSP, o aumento no faturamento do varejo na região foi puxado por dois setores: o de autopeças e acessórios, com crescimento de 17,8%, e o de vestuário, com 13%.
Aumento no faturamento no varejo ne região de Campinas (SP)
No caso do segmento de vestuário, a FecomercioSP avalia que o setor retomou o vigor que havia perdido na pandemia da covid-19 e que, até o ano passado, ainda apresentava bons números.
Em relação ao setor do mercado automotivo, fatores como a renovação das frotas no interior e a concessão de crédito a longo prazo podem explicar o aumento no faturamento.
Para a Federação, o resultado positivo no varejo está relacionado com o mercado de trabalho aquecido, que mantém a propensão das famílias ao consumo em alta, além de o mercado de crédito registrar expansão.
“Não é só o consumo de varejo, evidentemente tem o consumo de serviços, bares, restaurantes, viagens, isso também é positivamente afetado por mais emprego. Mas o varejo é o setor que sente primeiramente, em especial o varejo de atividades mais básicas, como o vestuário e supermercados”, explica Fábio Pina, assessor da FecomercioSP.
Por outro lado, a entidade demonstra preocupação quanto ao ritmo de endividamento e inadimplência a médio prazo, que pode afetar negativamente as vendas do varejo.
Setores de autopeças e vestuário puxaram alta no faturamento na região de Campinas (SP).
Reprodução EPTV
Crescimento acompanha estado de SP
Os dados da FecomercioSP apontam que o varejo paulista cresceu 8,7% no 1º trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.
Em março, o varejo no estado de São Paulo faturou, em números absolutos, R$ 126 bilhões, um crescimento de 7,4% em comparação com março do ano passado. É a maior receita para o mês desde o início da série histórica, em 2008.
Segundo a entidade, se os juros e a inflação permanecerem elevados, a tendência será de queda brusca já nos próximos trimestres.
“Quando isso acontece, os setores que menos sofrem com uma desaceleração, por exemplo, são setores muito vinculados aos bens essenciais, como farmácias, drogaria, supermercados. Esses setores não devem sentir imediatamente uma reversão do quadro, se ela ocorrer no segundo semestre”, diz Pina.
Faturamento no varejo tem alta de 8,6% em Campinas e região
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