Um atendado suicida de um homem-bomba, neste domingo, 22, na Igreja Mar Elias, em Dweil’a, nos arredores de Damasco, na Síria, deixou, pelo menos, 20 pessoas mortas e 52 ferida, conforme apurou a agência de notícias Reuters com autoridades locais de saúde e segurança.Na hora da explosão, muitos fiéis rezam dentro do templo religioso, segundo informações da televisão estatal e do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização de monitoramento da guerra, com sede no Reino Unido, o homem.Ainda de acordo com a agência Associated Press e de outros meios de comunicação locais, entre as vítimas, estão crianças. O Ministério do Interior da Síria afirmou que o homem-bomba era membro do Estado Islâmico. Esse foi o primeiro atentado suicida em Damasco desde que Bashar al-Assad foi deposto por uma insurgência rebelde liderada por islâmicos, em dezembro de 2024. Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma testemunha afirma que o homem-bomba entrou na igreja e abriu fogo contra os fiéis antes de acionar o colete explosivo que carregava.O atentado ocorre em um momento delicado, em que Damasco – sob um regime islâmico de fato – tenta o apoio das minorias religiosas e também enquanto o presidente Ahmad al-Sharaa enfrenta dificuldades para exercer autoridade plena sobre o território nacional. As preocupações com a possível atuação de células adormecidas de grupos extremistas no país, ainda devastado pelos efeitos da guerra, cresceram.O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, que liderou a ofensiva contra Assad, antes de assumir o poder em janeiro desde ano para uma fase de transição, afirmou repetidamente que protegerá as minorias.”Condenamos inequivocamente o abominável atentado terrorista suicida na Igreja Ortodoxa Grega Mar Elias, em Damasco, Síria”, declarou o Ministério das Relações Exteriores grego, em um comunicado.”Exigimos que as autoridades de transição sírias tomem medidas imediatas para responsabilizar os envolvidos e implementem medidas para garantir a segurança das comunidades cristãs e de todos os grupos religiosos, permitindo-lhes viver sem medo”.
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O Estado Islâmico já havia atacado minorias religiosas, incluindo um grande ataque contra peregrinos xiitas em Sayeda Zainab, em 2016, um dos atentados mais notórios durante o governo de Assad.