ICRI11 dispara em 2025: dividendos robustos e reserva bilionária

O fundo imobiliário ICRI11, gerido pela Itaú Asset, se consolida como um dos destaques entre os FIIs de papel em 2025. O fundo registrou forte valorização no ano, superando a marca dos R$ 100 por cota, embora atualmente opere próximo ao valor patrimonial. A alta é impulsionada pelos rendimentos consistentes, aliados a uma estratégia de preservação de reservas para garantir estabilidade futura.

Segundo dados do relatório gerencial de junho de 2025, o ICRI11 distribuiu R$ 1,50 por cota no último mês, com rendimento superior à média do segmento. No entanto, o fundo optou por reter parte do lucro, acumulando uma reserva expressiva de R$ 1,31 por cota, que poderá ser utilizada para manter o patamar de proventos mesmo em cenários econômicos adversos.

Distribuição de dividendos e geração de caixa

O desempenho do ICRI11 ao longo de 2025 tem sido consistente. Confira os principais dados:

  • Dividendos em junho: R$ 1,50 por cota

  • Resultado gerado no mês: R$ 1,31 por cota (não distribuído integralmente)

  • Dividend yield anualizado: aproximadamente 18% sobre a cota de mercado

  • Reserva acumulada: equivalente a R$ 1,31 por cota

  • Histórico nos últimos 12 meses: rendimento médio entre 1,10 e 1,50 por cota

Desde sua criação, o fundo gerou R$ 21,40 por cota em resultados e distribuiu R$ 19,72, mantendo uma política prudente de gestão de caixa e reservas.

Composição da carteira e perfil de risco

O patrimônio líquido do ICRI11 está próximo de R$ 400 milhões, com menos de 10 mil cotistas. A carteira é composta majoritariamente por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) de alto retorno, distribuídos da seguinte forma:

  • 50% indexados ao IPCA (inflação)

  • 39% indexados ao CDI (juros)

  • 11% em prefixados

As operações estão pulverizadas, sendo que a maior posição representa 6,5% do portfólio total, o que garante um risco relativamente diluído. As taxas médias dos CRIs são elevadas, com destaque para:

  • IPCA + 10% ao ano

  • CDI + 2% ao ano

O caixa atual representa apenas 6% do patrimônio, sinalizando que o fundo está majoritariamente alocado, maximizando a geração de renda.

Potencial de crescimento e possível nova emissão

Com o preço da cota tendo ultrapassado o valor patrimonial ao longo do ano, cresce a expectativa de uma possível nova emissão de cotas. Essa estratégia permitiria ao fundo:

  • Dobrar de tamanho

  • Diluir ainda mais os riscos da carteira

  • Aproveitar oportunidades no mercado de crédito imobiliário

Contudo, analistas avaliam que, caso a emissão seja confirmada, seria recomendável que o fundo distribua boa parte da reserva acumulada, evitando diluir o valor dos cotistas atuais.

Cenário macroeconômico e impacto no fundo

O relatório da Itaú Asset destaca que, apesar do cenário fiscal brasileiro desafiador e das incertezas com juros e inflação, os fundos de recebíveis imobiliários (FIIs de papel) seguem performando bem em 2025.

O IFIX acumula alta de 5,10% no ano, refletindo a busca dos investidores por ativos de renda passiva em meio aos juros reais elevados. O ICRI11, em particular, se beneficia deste ambiente, mantendo rendimentos acima da média e valorização patrimonial consistente.

Dados financeiros consolidados — Junho de 2025

Indicador Valor
Patrimônio líquido R$ 400 milhões
Cota patrimonial R$ 100,00
Cota de mercado (jun/25) R$ 100,10 (aproximadamente)
Dividendos (junho/25) R$ 1,50 por cota
Resultado acumulado em reserva R$ 1,31 por cota
Taxa média IPCA IPCA + 10%
Taxa média CDI CDI + 2%
Alocação em IPCA 50%
Alocação em CDI 39%
Alocação em prefixados 11%
Percentual de caixa 6%
Maior operação 6,5% do PL

O fundo segue com geração de resultados acima do distribuído, preservando uma reserva que garante segurança para manter os proventos mesmo em eventual desaceleração da inflação ou queda nos juros.

O ICRI11 permanece como uma das principais referências do mercado de FIIs de papel, tanto pela gestão da Itaú Asset quanto pelo equilíbrio entre risco, retorno e distribuição de dividendos.

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