Petróleo Brent dispara 4% e volta aos US$ 80 após tensões globais

O preço do petróleo Brent registrou uma forte alta de 4,12% no início da semana, sendo negociado a US$ 80,05 o barril, segundo dados da ICE Futures Europe. Esse é o maior patamar desde janeiro de 2025, refletindo o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio e preocupações com a oferta global.

O movimento foi impulsionado pelos ataques recentes envolvendo Israel, Irã e forças dos Estados Unidos, além de restrições no fornecimento por parte de países membros da Opep+.

Motivos da alta do petróleo Brent

A escalada nos preços está diretamente ligada a dois fatores principais:

  • Conflito no Oriente Médio: Novos ataques a infraestruturas energéticas no Irã e ameaças de retaliações aumentaram o risco de interrupção no fornecimento de petróleo da região, que responde por cerca de 30% da produção global, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

  • Cortes na produção: A Opep+ mantém cortes na produção de aproximadamente 2,2 milhões de barris por dia, visando sustentar os preços em meio à desaceleração econômica global. Além disso, Arábia Saudita e Rússia reafirmaram a extensão desses cortes até o segundo semestre de 2025.

Impacto no mercado e na economia

A disparada do preço do petróleo tem efeitos diretos sobre diversos setores:

  • Inflação: A alta dos combustíveis pressiona os índices de inflação global, podendo impactar decisões de juros dos bancos centrais, como Fed (EUA) e Banco Central Europeu.

  • Consumo: O aumento nos custos de energia tende a reduzir o consumo e elevar os custos logísticos, com reflexo em setores como transporte e indústria.

  • Mercado financeiro: A valorização do Brent impulsiona ações de petroleiras, como Petrobras (PETR4), Shell e ExxonMobil, além de fortalecer moedas de países exportadores de commodities.

  • Perspectiva de crescimento: Segundo projeção da Bloomberg Economics, uma elevação sustentada do Brent acima de US$ 85 poderia reduzir o crescimento global em até 0,4 ponto percentual no segundo semestre de 2025.

Cenário atual e próximos desdobramentos

O mercado acompanha de perto:

  • A possibilidade de escalada dos conflitos no Oriente Médio;

  • Novos posicionamentos da Opep+ em relação aos cortes de produção;

  • Dados econômicos dos EUA e da China, que podem influenciar tanto a demanda quanto os preços futuros.

Além disso, analistas da Goldman Sachs projetam que, em caso de agravamento dos conflitos, o Brent pode atingir US$ 95 até setembro de 2025

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