Belo Horizonte terá a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) mais moderna do país nos próximos seis anos. O lançamento do edital ocorreu nesta segunda-feira (23), com participação do governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões. O investimento de R$ 1 bilhão aumentará a capacidade de tratamento da ETE Onça, além de minimizar o odor e permitir o reuso do efluente tratado.
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Com execução estimada em 72 meses, o projeto vai aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos processos de tratamento do esgoto na capital mineira. Para isso, as obras vão garantir um processo a mais no tratamento do esgoto, o terciário. Nessa etapa, é possível remover os nutrientes, como nitrogênio e fósforo, além da desinfecção com ultravioleta. Belo Horizonte será a única cidade com esse tipo de técnica.
Atualmente, a ETE Onça é responsável pelo tratamento do esgoto de cerca de 1,5 milhão de pessoas, que compreendem 51,07% da população de Belo Horizonte e 55,34% dos moradores de Contagem. A expectativa é de que o tratamento de esgoto amplie de 1,8 mil para 2,7 litros por segundo.
Segundo a Copasa, as intervenções vão gerar cerca de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, há previsão de aproveitamento dos subprodutos gerados no tratamento de esgoto, como o biogás e o lodo. A estação receberá, ainda, um sistema de realidade aumentada e virtual, incluindo monitoramento em tempo real do processo de tratamento.
Segundo o governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões, os investimentos não vão impactar a tarifa paga pelos consumidores. “Esse investimento entra na próxima base de cálculo da tarifa, mas ele não vai ter impacto porque ele é um investimento com ampliação de serviço. Então, quando você faz um investimento que tem junto com ele ampliação de atendimento, isso vai ser diluído para os novos consumidores”, disse em coletiva de imprensa.
Conforme Mateus Simões, o montante de R$ 1 bilhão está incluso nas metas que a Copasa tem em contrato com BH e Contagem, o que garante que o valor da tarifa não será alterado. “A qualidade da água que é lançada no rio melhora, amplia a capacidade de atendimento de novas unidades pela empresa, mas não tem impacto na tarifa paga pelo consumidor final”, finalizou o governador em exercício.
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