Homem ‘trava’ a coluna, fica sem andar e perde 70 kg sem bariátrica: ‘Difícil, mas possível’


Luiz Henrique Cismeiro lutou contra a obesidade desde a infância e chegou a pesar 156 kg, passando por diversos problemas de saúde. Ele mudou a rotina por conta própria e perdeu 70 kg em 15 meses. Luiz Henrique Cismério perdeu 70 kg após ficar com a coluna ‘travada’ e sofrer por problemas de saúde
Arquivo Pessoal
Mudança de vida e 70 kg perdidos sem cirurgia bariátrica. Luiz Henrique Cismeiro, de 43 anos, lutou contra a obesidade desde a infância e chegou a ficar sem andar por 45 dias por conta de dores causadas por hérnias de disco enquanto pesava 156 kg. Hoje, ele vive uma nova rotina, cuidando da alimentação e praticando exercícios físicos. “É uma luta diária. Difícil, mas possível”, disse.
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O morador de Santos, no litoral de São Paulo, começou a maratona rumo aos 86 kg há cerca de 15 meses. Ele contou que, antes dela, sofreu com diabetes, pressão alta, esteatose hepática [gordura no fígado] e hérnias na coluna. Além disso, lidou com as críticas por conta da própria aparência.
“Desde pequeno sempre escutei que estava assim por falta de cuidado ou por minha culpa, nunca entenderam que a obesidade é um doença e não uma escolha”, desabafou ele. “Usei como motivação para seguir em frente, não para provar aos outros que era possível, mas sim para provar para mim mesmo que era capaz”.
Ao g1, Cismerio ressaltou que não é contra a busca pela cirurgia bariátrica, medida que considera uma das possibilidades para reverter quadros de obesidade, mas preferiu seguir um caminho diferente.
Mudança de vida
Segundo Cismerio, a decisão pela mudança de vida foi tomada a partir de uma “agulhada” na coluna que o fez perder as forças nas pernas dentro da própria casa. Apesar da recomendação cirúrgica para retirar duas hérnias na lombar, o peso foi um impedimento.
“Estava obeso e a cirurgia por corte, sem ser por vídeo, ficava complicada, então tive que emagrecer”, lembrou ele. “Nesse tempo, sem andar e com dores, tive que mudar minha alimentação e fazer hidroterapia, mas comecei a sentir dormência nas mãos”.
De acordo com ele, a partir da dormência nas mãos os médicos descobriram outras duas hérnias, mas essas na cervical, sendo que uma delas estava pressionando a medula. A nova cirurgia foi feita e a luta contra o sobrepeso voltou à tona.
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Recuperação
Da cama para a cadeira de rodas, seguida de bengala e, agora, o caminhar. Atualmente, Cismério segue o processo de emagrecimento com alimentação saudável, fisioterapia e exercícios físicos.
“Com a perda de peso não preciso mais tomar os remédios para pressão alta e diabetes. Melhorou até a gordura no fígado, que hoje não tenho mais”, celebrou ele. “Espero que a minha trajetória possa servir de incentivo para outras pessoas que estão lutando contra a obesidade”.
Coluna ‘travada’ e a hérnia de disco
Hérnia de disco foi a doença que mais gerou afastamento do trabalho em 2023
Reprodução/Fantástico
Conforme reportado pelo g1, a má postura, a falta de atividades físicas, a predisposição genética e o tabagismo são algumas das causas da hérnia de disco, que também pode aparecer em quem faz muito esforço e pega muito peso no trabalho ou faz exercício físico sem orientação adequada. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, a predisposição genética é a principal causa da condição.
De acordo com o médico ortopedista Alexis Carneiro, as condições físicas de um paciente aliadas às hérnias de disco podem gerar dores e os casos popularmente conhecidos como ‘costas e colunas travadas’.
“Quando você comprime um nervo, ele pode dar manifestações sensitivas, que são formigamentos, ou motoras, que são as reduções dos seus movimentos até a paralisia deles”, explicou ele.
Sintomas
Os sintomas dependem da área comprimida da raiz nervosa e podem incluir:
formigamento com ou sem dor;
dor na coluna;
dor na coluna e na perna (ou coxa);
dor só na perna ou coxa;
dor na coluna e no braço;
ou dor apenas no braço.
Apesar disso, a hérnia de disco também pode não causar sintomas ou resultar em dor leve.
Diagnóstico
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas e no exame neurológico. Exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a identificar o tamanho da lesão e a localização da hérnia na coluna.
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