Ação coletiva da Defensoria Pública que realizou a união civil de 28 casais LGBTQIA+, em 2024
| Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE
Para o presidente da Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg/BA), Daniel Sampaio, os registros nos cartórios são ações de cidadania que reforçam os direitos da população LGBTQIA+. “Cada ato registrado nos cartórios é uma expressão concreta de cidadania. É ali, no Registro Civil, que se consolida o reconhecimento institucional das identidades e dos vínculos afetivos da população LGBTQIA+”, afirmou.
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Enquanto o casamento homoafetivo cresceu na Bahia, a união estável diminuiu. Em 2020, foram firmadas oficialmente 191 uniões. Já em 2024, esse número caiu para 65.Como funciona o casamento civil?Os noivos e noivas devem se dirigir ao Cartório de Registro Civil da região de residência para dar entrada na habilitação do casamento. Para isso, é preciso apresentar os seguintes documentos:certidão de nascimento (no caso dos solteiros);certidão de casamento com averbação de divórcio (para os divorciados);certidão de casamento averbada com óbito do cônjuge (para os viúvos);documento de identidade e comprovante de residência;levar duas testemunhas maiores de 18 anos e com seus respectivos documentos de identificação. O valor do casamento é tabelado em cada estado da Federação e pode variar de acordo com a escolha do local da cerimônia, na sede do cartório ou fora dela.Outros direitosMudanças de nome e gêneroJá as mudanças de nome e gênero foram regulamentadas nos cartórios em 2018, através da edição do Provimento nº 73/2018 do CNJ, que estabeleceu o direito. A Bahia, em 2024 registrou 230 mudanças de nome e gênero, esse número representa um decréscimo de 4% em relação a 2023, quando foram registrados 240 atos.
De 2019 a 2024 aumentou em 170% os casos de mudanças de nome e gênero
| Foto: Luciano Carcará / Ag. A Tarde
Apesar disso, houve um aumento de 170% quando comparado 2024 ao primeiro ano de mudanças no estado, em 2019, quando houve 85 registros.