A mineradora Vale estuda lançar um IPO de sua subsidiária de metais (VBM), avaliada em cerca de US$ 25 bilhões, potencialmente destravando valor para os acionistas já a partir de 2027. Enquanto isso, a distribuidora CPFL Energia projeta entregar yield de até 7% em 2025, com R$ 2,76 de dividendos por ação, ampliando o apelo para investidores focados em renda.
IPO da VBM pode destravar US$ 25 bi de valor
Criada em 2023 para expandir a atuação da Vale no setor de metais, a VBM concentra um portfólio estratégico que hoje responde por grande parte do potencial de crescimento da mineradora. Em cenário macroeconômico favorável — com menores juros, inflação controlada e retomada da demanda global por metais — a Vale poderá listar a subsidiária entre o fim de 2026 e início de 2027.
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Avaliação: US$ 25 bilhões
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Horizonte: segundo semestre de 2027, condicionado a ambiente de mercado
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Objetivo: captar recursos e melhorar alocação de capital
Além do impacto direto no caixa da Vale, um IPO bem-sucedido reforçaria a precificação das ações da controladora, hoje cotadas em torno de R$ 52. Analistas projetam para 2025 um preço teto médio de R$ 104,80 — nivel próximo aos picos de 2021, quando o minério de ferro atingiu recordes históricos.
Dividendos e valuation
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Preço teto médio (2025): R$ 104,80
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Projeto de preço-fair (2025): R$ 81,50
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Dividend yield médio projetado: 11%
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Margem de segurança: 97%
O consenso do mercado aponta para cotação de R$ 76,68 ao final de 2025, com base em múltiplos históricos e projeções de fluxo de caixa.
CPFL Energia mira crescimento sustentável e dividendos
Já a CPFL Energia, referência em distribuição no Sudeste, aguarda pagar R$ 2,76 por ação em dividendos de 2025, o que equivale a cerca de 6,9% de yield sobre a cotação atual de R$ 40. Para 2026, a expectativa é de anúncio de R$ 3,48 por ação, refletindo maior geração de caixa e expansão nos negócios de comercialização de energia.
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Cotação atual: R$ 40
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Yield projetado (2025): 6,9%
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Yield projetado (2026): 8,7%
Perfil de receita
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Distribuição de energia: 83% da receita (R$ 8,3 bi de R$ 9 bi no trimestre)
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Geração e comercialização: 11%
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Serviços e outros: 6%
A empresa realiza apenas uma data-com em 2025, com pagamentos escalonados até dezembro. Em 25 de junho, acionistas receberam R$ 0,78 por ação, e o próximo provisionamento de R$ 2,10 deve ser anunciado até o fim de 2025.
Com cenários distintos — um focado em desalavancagem via IPO e outro em dividendos consistentes — Vale e CPFL se consolidam como opções estratégicas para quem busca tanto valorização de capital quanto geração de renda. Para investidores interessados em adicionar essas ações à carteira, acompanhar o desenrolar do estudo de listagem da VBM e o calendário de dividendos da CPFL será essencial.
O post Vale avalia IPO de subsidiária avaliada em US$ 25 bi e CPFL Energia projeta dividendos de até 7% apareceu primeiro em O Petróleo.