O Fantástico revelou detalhes da investigação de um escândalo em um quartel do Exército no Rio de Janeiro. Militares relatam que soldado que atirou em colega costumava brincar com arma no quartel
O Fantástico revelou detalhes da investigação de um escândalo em um quartel do Exército no Rio de Janeiro. Wenderson Nunes Otávio, conhecido como Soldado Otávio, foi morto com um tiro na cabeça em janeiro, dentro do alojamento do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Inicialmente tratado como suicídio, o caso agora é investigado como homicídio.
Segundo denúncia do Ministério Público Militar, o disparo foi feito por Jonas Gomes Figueira, também soldado na unidade. Depoimentos colhidos durante a investigação revelam que Figueira tinha o hábito de brincar com armas dentro do alojamento, comportamento que já havia gerado alertas entre os colegas.
“Ele era muito criança, o tempo todo que estava de serviço, brincava com o armamento na hora do descanso”, disse uma das testemunhas.
Outro militar afirmou que Figueira “sempre fez isso com as pessoas” e que, mesmo após ser repreendido, “não parava”.
De acordo com a investigação, no momento do disparo, Otávio estava sentado, calçando o coturno, enquanto Figueira manuseava uma pistola 9mm. Ele teria apontado a arma para o colega e atirado, acreditando que ela estivesse descarregada.
A entrada de armas no alojamento, embora proibida, era prática comum, segundo os relatos.
“Todo mundo entrava com armamento. O plantão não ligava”, disse um dos soldados.
A negligência na fiscalização levou também ao indiciamento do terceiro-sargento Alessandro dos Reis Monteiro, acusado de condescendência criminosa por não impedir a entrada da arma usada no disparo.
A conduta do comando do batalhão também está sob questionamento. Segundo os relatos, o comandante Douglas Santos Leite teria reunido os militares logo após o ocorrido e decretado que a versão oficial seria de suicídio, proibindo qualquer comunicação com a família da vítima.
“Quem tivesse contato com a família, com parente, que não era pra falar. Que se falasse, iria ser preso”, contou uma testemunha.
A tentativa de silenciar os militares não impediu que a verdade viesse à tona. O Ministério Público Militar denunciou Figueira por homicídio com circunstâncias agravantes e o sargento Monteiro por condescendência criminosa. A defesa de Figueira afirma que ele é inocente e que isso será provado ao longo do processo.
Em nota, o Exército declarou que todas as ações do comando do batalhão seguiram as normas legais e que não houve, em momento algum, afirmação oficial sobre a dinâmica dos fatos. A instituição reforçou o compromisso com a verdade e com o respeito à família do militar falecido.
Para os pais de Wenderson, a dor da perda permanece, mas o sentimento agora é de alívio.
“Claro que a dor não vai passar, mas estou aliviada em saber que a justiça foi feita”, disse a mãe.
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Escândalo no quartel: investigação revela que morte de soldado foi forjada
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O Fantástico revelou detalhes da investigação de um escândalo em um quartel do Exército no Rio de Janeiro. Wenderson Nunes Otávio, conhecido como Soldado Otávio, foi morto com um tiro na cabeça em janeiro, dentro do alojamento do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Inicialmente tratado como suicídio, o caso agora é investigado como homicídio.
Segundo denúncia do Ministério Público Militar, o disparo foi feito por Jonas Gomes Figueira, também soldado na unidade. Depoimentos colhidos durante a investigação revelam que Figueira tinha o hábito de brincar com armas dentro do alojamento, comportamento que já havia gerado alertas entre os colegas.
“Ele era muito criança, o tempo todo que estava de serviço, brincava com o armamento na hora do descanso”, disse uma das testemunhas.
Outro militar afirmou que Figueira “sempre fez isso com as pessoas” e que, mesmo após ser repreendido, “não parava”.
De acordo com a investigação, no momento do disparo, Otávio estava sentado, calçando o coturno, enquanto Figueira manuseava uma pistola 9mm. Ele teria apontado a arma para o colega e atirado, acreditando que ela estivesse descarregada.
A entrada de armas no alojamento, embora proibida, era prática comum, segundo os relatos.
“Todo mundo entrava com armamento. O plantão não ligava”, disse um dos soldados.
A negligência na fiscalização levou também ao indiciamento do terceiro-sargento Alessandro dos Reis Monteiro, acusado de condescendência criminosa por não impedir a entrada da arma usada no disparo.
A conduta do comando do batalhão também está sob questionamento. Segundo os relatos, o comandante Douglas Santos Leite teria reunido os militares logo após o ocorrido e decretado que a versão oficial seria de suicídio, proibindo qualquer comunicação com a família da vítima.
“Quem tivesse contato com a família, com parente, que não era pra falar. Que se falasse, iria ser preso”, contou uma testemunha.
A tentativa de silenciar os militares não impediu que a verdade viesse à tona. O Ministério Público Militar denunciou Figueira por homicídio com circunstâncias agravantes e o sargento Monteiro por condescendência criminosa. A defesa de Figueira afirma que ele é inocente e que isso será provado ao longo do processo.
Em nota, o Exército declarou que todas as ações do comando do batalhão seguiram as normas legais e que não houve, em momento algum, afirmação oficial sobre a dinâmica dos fatos. A instituição reforçou o compromisso com a verdade e com o respeito à família do militar falecido.
Para os pais de Wenderson, a dor da perda permanece, mas o sentimento agora é de alívio.
“Claro que a dor não vai passar, mas estou aliviada em saber que a justiça foi feita”, disse a mãe.
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Escândalo no quartel: investigação revela que morte de soldado foi forjada
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