O acidente que matou o atacante Diogo Jota e seu irmão, André Silva, na madrugada desta quinta-feira, 3, na região de Zamora, na Espanha, foi consequência de uma mudança de planos promovida por questões médicas. O jogador do Liverpool evitava viajar de avião após ter sido submetido recentemente a uma cirurgia no pulmão, o que fez com que optasse por um trajeto terrestre em direção ao Reino Unido.Segundo informações apuradas pela CNN Portugal, Jota foi orientado por médicos a evitar mudanças bruscas de pressão atmosférica, como as que ocorrem durante voos, em razão do pós-operatório. O jogador vinha enfrentando um desconforto respiratório e, por isso, foi submetido a um procedimento que exigia cuidados específicos em sua recuperação.Ainda de acordo com relatos da esposa do atleta, Rute Cardoso, os irmãos viajavam em uma Lamborghini rumo à vila de Benavente, onde fariam uma pausa para descansar antes de seguir até Santander. O plano era atravessar o Canal da Mancha de barco, desembarcando em Portsmouth, na Inglaterra, e então seguir até Liverpool.A tragédia aconteceu por volta de 0h30 (horário local), no quilômetro 65 da rodovia A-52, nas proximidades de Cernadilla. As autoridades locais trabalham com as hipóteses de excesso de velocidade e o estouro de um pneu no momento de uma ultrapassagem. O carro perdeu o controle, saiu da pista, bateu e pegou fogo. Os corpos foram encontrados carbonizados.
A morte de Diogo Jota, de 28 anos, abalou o futebol mundial. O jogador havia conquistado recentemente a Premier League com o Liverpool e a Liga das Nações com a Seleção Portuguesa, onde era presença constante. O irmão, André, atuava pelo Penafiel, clube da segunda divisão de Portugal.