O Itaú Unibanco deve anunciar lucro líquido de aproximadamente R$ 11,4 bilhões no segundo trimestre de 2025, o que representa crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e um novo recorde histórico para a instituição. O resultado consolida uma sequência de trimestres com lucro superior a R$ 10 bilhões, impulsionado por um crescimento consistente na carteira de crédito, margens financeiras crescentes e controle de custos.
A carteira de crédito total já supera R$ 1,38 trilhão, com altas expressivas em linhas como crédito imobiliário (+16,7% em 12 meses), veículos (+9%) e crédito pessoal (+7,8%). Esse ritmo reforça a expansão sustentável da base de receitas.
Rentabilidade acima da média e dividendos sólidos
A rentabilidade do banco permanece entre as mais elevadas do mercado, com um ROE (Retorno sobre Patrimônio) projetado em 22,5%, bem acima do custo de capital, que gira em torno de 15%. O índice de eficiência operacional, em torno de 38%, também sinaliza produtividade recorde e robustez financeira.
Com um payout médio entre 60% e 70% do lucro líquido distribuído aos acionistas, o dividend yield anualizado para as ações ordinárias (ITUB3) deve alcançar 8,3%, enquanto as preferenciais (ITUB4) projetam cerca de 7,2%. Caso as projeções para 2026 se confirmem, com lucro próximo a R$ 51,4 bilhões, o yield poderá superar 9%, reforçando a atratividade para investidores que buscam renda.
Itaúsa se beneficia diretamente dos resultados
A holding Itaúsa, que detém 37% do Itaú, repassa integralmente aos acionistas os dividendos recebidos do banco. Em 2024, a Itaúsa distribuiu quase R$ 10 bilhões, o maior montante de sua história, com um dividend yield próximo a 9,9%, superando inclusive o yield direto das ações do próprio banco.
Mesmo com esse desempenho consistente, as ações da holding ainda são negociadas com um desconto em torno de 17% a 24% em relação ao valor de mercado de seus ativos, o que amplia seu potencial de valorização. A expectativa é que o deságio diminua nos próximos anos, à medida que novas regras fiscais reduzam custos tributários em aproximadamente R$ 650 milhões anuais.
Valuation segue atrativo para novos investidores
Os múltiplos do Itaú permanecem abaixo da média histórica, com um P/L (preço/lucro) projetado em 7 vezes e um P/VPA (preço/valor patrimonial) ao redor de 1,4 vezes. Para as ações ordinárias, o preço‑alvo é estimado em R$ 38, indicando uma margem de valorização de cerca de 14% sobre as cotações atuais, além dos dividendos já previstos.
As ações ordinárias (ITUB3), mesmo com menor liquidez em comparação às preferenciais, apresentam yield superior e preço mais baixo, sendo uma alternativa interessante para investidores de longo prazo.
Perspectiva para 2026 e além
Para os próximos anos, as projeções permanecem otimistas. O lucro do Itaú pode superar R$ 51 bilhões já em 2026, mantendo a rentabilidade alta e sustentando dividendos robustos, com potencial de yield próximo a 9% e valorização adicional das ações. A Itaúsa, por sua vez, tende a se beneficiar proporcionalmente desse crescimento, reforçando sua posição como veículo eficiente para capturar os resultados do maior banco privado do país.
Indicadores em destaque
Indicador | Valor Atual/Projeção |
---|---|
Lucro líquido 2T25 | R$ 11,4 bi (+13,5% a/a) |
Carteira de crédito | R$ 1,38 tri (+13,2% a/a) |
ROE | 22,5% |
Índice de eficiência | 38% |
Dividend yield ITUB3 | 8,3% |
Dividend yield ITUB4 | 7,2% |
Dividend yield Itaúsa | 9,9% |
P/L | 7× |
P/VPA | 1,4× |
Preço‑alvo ITUB3 | R$ 38 (+14% potencial) |
Desconto Itaúsa | 17–24% |
O post Itaú projeta lucro recorde no 2º trimestre e impulsiona dividendos apareceu primeiro em O Petróleo.