Dupla é presa em BH suspeita de ataque cibernético a banco; prejuízo foi de R$ 107 milhões

Dois homens, de 24 e 26 anos, foram presos em flagrante sob suspeita de integrar um grupo criminoso investigado por um ataque cibernético a um banco que tem sede no Pará. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o crime contou com a participação de um funcionário da instituição financeira e resultou em um prejuízo estimado em R$ 107 milhões. As prisões foram realizadas na última quinta-feira (3), em Belo Horizonte.

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Durante a operação, os policiais constataram que os dois suspeitos tentavam sacar cerca de R$ 2,2 milhões, provenientes do ataque cibernético ao banco no Pará, em uma agência bancária na região Central de BH. Na ação, foram apreendidos R$ 1,5 mil em dinheiro, dois celulares e o veículo utilizado pelos investigados. Até o momento, cerca de R$ 63 milhões dos valores desviados já foram recuperados, e, aproximadamente, R$ 2 milhões foram bloqueados em contas bancárias.

Segundo as investigações, na última quinta-feira (3), a PCMG recebeu a informação sobre um ataque hacker em uma agência no município de Santa Inês, no Maranhão, e outro direcionado a um banco em Belém (PA), sede da instituição. O crime teria iniciado no dia 30 de junho e seguido até o dia 1º de julho.

Ao todo, cerca de R$ 107 milhões foram retirados das contas de clientes do banco e, em seguida, distribuídos entre instituições bancárias de 10 estados diferentes, incluindo Minas Gerais. Ainda conforme a PCMG, somente no estado mineiro foram 21 transações bancárias, totalizando mais de R$ 30 milhões.

Funcionário de banco estava envolvido no crime

O delegado Magno Machado, um dos responsáveis pelo caso, explicou que os agentes foram comunicados que o valor de R$ 2,2 milhões teriam sido destinados a uma conta em BH, e que um individuo estava tentando sacar o valor.

“O banco solicitou que ele apresentasse um comprovante que justificasse o saque desse valor. Nossa equipe foi até a agência e realizou a abordagem. Já o outro suspeito aguardava do lado de fora, em um veículo, e teria sido o responsável por elaborar, por meio do chat GPT, um documento falso de compra e venda de um imóvel que seria usado para justificar a retirada do dinheiro”, relatou.

Ainda conforme o delegado, o crime contou com a participação de um gerente do banco, que teria instalado um dispositivo eletrônico no servidor para capturar as senhas dos clientes. Ele atuava em uma agência localizada em Santa Inês, no Maranhão, e foi preso conforme o andamento das apurações.

Um dos homens presos em BH é proprietário de duas empresas: uma distribuidora de bebidas e um açougue. Segundo a PCMG, os R$ 2 milhões que ele tentava sacar foram depositados em sua conta. No último sábado (5), a prisão dos dois suspeitos foi convertida em preventiva.

“As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e esclarecer quem contratou o serviço que viabilizou a atuação desse agente. Ficou claro que exite uma rede, uma teia de conexões e que esses contatos são divididos”, afirmou o delegado.

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