Ex-coordenador da Apae é solto pela 2ª vez após ser acusado de desviar R$ 8 milhões em MS


Justiça substituiu a prisão preventiva por prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. Paulo Henrique Muleta foi preso por desvio milionário.
Redes sociais/Reprodução
O ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Grande, Paulo Henrique Muleta, foi solto pela segunda vez nesta quinta-feira (10). Ele é acusado de liderar um esquema que desviou mais de R$ 8 milhões de recursos públicos destinados à saúde.
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Ele estava em prisão preventiva desde 10 de março deste ano, quando foi alvo da Operação Occulto, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). O g1 não encontrou a defesa de Paulo Muleta.
A nova decisão judicial substituiu a prisão preventiva por domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica e a imposição de outras medidas restritivas. Entre as condições impostas pela Justiça para a liberdade provisória, ele deve:
Comparecer a todos os atos do processo;
Pedir autorização para mudar de residência ou se ausentar por mais de 8 dias;
Não sair do país;
Não manter contato com outros investigados, denunciados ou testemunhas;
Permanecer em casa durante o período noturno.
Caso descumpra qualquer uma das medidas, Paulo Muleta poderá voltar para a prisão.
Esquema de desvio
Segundo o MPMS, o esquema de corrupção usava três empresas de fachada para simular a venda de produtos para a rede pública de saúde. No total, os desvios somaram R$ 8,1 milhões.
A investigação começou com a operação Turn Off. De acordo com o MP, após a repercussão do caso, Muleta e outros envolvidos passaram a ocultar os lucros ilícitos. As apurações apontam que mais de R$ 2,8 milhões do dinheiro desviado foram usados na compra de bens.
Depois de ser solto pela primeira vez, em dezembro de 2023, Muleta voltou a movimentar o dinheiro do esquema. Segundo o MP, ele transferiu cerca de R$ 900 mil de empresas de produtos hospitalares para sua conta pessoal e, em seguida, para contas de terceiros.
Foram essas movimentações financeiras que levaram à sua nova prisão em março. Segundo o MP, ele “usou a liberdade para garantir o proveito do crime”.
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