Casa Fiat recebe exposição que reflete sobre a conexão entre humanos e a natureza em BH

A Casa Fiat de Cultura, localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte, inaugurou nessa terça-feira (8) a exposição ‘Natureza Transformada: atravessamentos espaciais’. A mostra, que tem curadoria de Guilherme Wisnik, reúne obras dos artistas italianos Paolo Albertelli e Mariagrazia Abbaldo – que apresentam seus trabalhos pela primeira vez no Brasil – e a brasileira Marcia Xavier.

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A exposição convida o público a repensar a relação dos seres humanos com o espaço e os elementos do mundo natural. Com aço, vidro, estruturas metálicas e águas, as 25 obras em exibição criam um território onde arte, arquitetura e natureza se entrelaçam. A mostra é gratuita e segue até o dia 8 de junho.

Entre os destaques estão a obra digital “Copa, Casa, Cosmos”, fruto da parceria entre a Casa Fiat e o Museu do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Elaborado pelo artista Estêvão Ciavatta e com narração de Regina Casé, o trabalho transporta o público para o interior de uma Sumaúma (Ceiba pentandra), uma das árvores mais emblemáticas da Amazônia.

Linguagens e materiais distintos

Os artistas usam diferentes linguagens e materiais em suas obras, mas convergem na busca por novas formas de perceber o meio ambiente, principalmente relacionada a fragilidade dos recursos naturais. Segundo o curador, a transformação e o atravessamento são os conceitos centrais da mostra.

“Na conjunção entre as produções de Marcia Xavier e da dupla Mariagrazia Abbaldo e Paolo Albertelli, a fragilidade da vida humana é confrontada com a perenidade dos minérios e dos espelhos, porém, paradoxalmente, numa época em que toda essa noção de perenidade vai sendo corroída por dentro. Temos, como coletivo humano, obstáculos gigantes a atravessar, no presente e no futuro. E talvez ainda não saibamos ao certo em quais direções seguir”, disse.

Dentre as 25 obras, 16 são dos italianos Paolo Albertelli e Mariagrazia Abbaldo. Os trabalhos combinam a poética da leveza com a rigidez do aço. O intuito da dupla é transformar o peso da matéria-prima em formas etéreas e dinâmicas.

Já as obras de Marcia Xavier investigam a interação entre superfícies líquidas e sólidas. Espelhos d’água, vidros e espelhos distorcem imagens e criam jogos visuais que ressignificam a percepção do espaço e do corpo do espectador.

Instalação imersiva

A obra “Copa, Casa, Cosmos”, pela primeira, sai do Museu do Jardim Botânico. Projetada em um ambiente circular, a obra conduz visitantes por uma jornada visual e sonora que acompanha o crescimento da árvore desde a semente até atingir seu porte monumental.

A experiência imersiva destaca as raízes que se espalham pelo solo, os sistemas internos da árvore e a simbólica conexão entre o céu e a terra. Com exemplares que podem ultrapassar 80 metros de altura, a Sumaúma é reverenciada por diferentes povos indígenas como um elo entre mundos, um lar de entidades divinas e um portal para outras dimensões. 

“A obra é um convite à contemplação e à conexão com a grandiosidade da natureza. Queremos que o visitante sinta o ciclo da vida dessa árvore e sua importância para os ecossistemas tropicais e para as culturas que habitam a Amazônia”, explica Estêvão Ciavatta. 

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Exposição ‘Natureza Transformada: atravessamentos espaciais’

Data: até 8 de junho
Local: Casa Fiat de Cultura | Praça da Liberdade, 10 – Funcionários, BH
Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 10h às 21h
Acesso gratuito
Mais informações em casafiatdecultura.com.br

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