O KDIF11, fundo de infraestrutura gerido pela Kinea, segue chamando atenção dos investidores ao manter, pelo segundo mês consecutivo, um rendimento de R$ 1,50 por cota, além de entregar uma rentabilidade anualizada de IPCA +9,4%. Com um patrimônio de aproximadamente R$ 2,5 bilhões e uma base de quase 40 mil cotistas, o fundo mostra solidez e atratividade, especialmente em um cenário de juros altos e inflação pressionada.
Cotação e valor patrimonial em alta
Após subir consistentemente, o KDIF11 chegou a flertar com a casa dos R$ 130 por cota, antes de recuar levemente, pressionado pelas incertezas geradas pelas tarifas comerciais propostas por Donald Trump. Ainda assim, o fundo encerrou o mês com ágio sobre o valor patrimonial, que se encontra em R$ 123, reflexo da confiança dos investidores e da qualidade da gestão.
Rendimento impulsionado por inflação, juros altos e alocação total
Três fatores se destacam no desempenho do KDIF11:
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Inflação em alta, que beneficia ativos indexados ao IPCA;
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Selic elevada, ainda em trajetória ascendente;
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Estratégia de alocação máxima, com apenas 2% em caixa e o restante do patrimônio integralmente alocado.
Esses elementos combinados vêm sustentando os rendimentos em patamar elevado, mesmo diante de um ambiente de incertezas econômicas.
Setores estratégicos: saneamento e energia solar em foco
A carteira do KDIF11 é amplamente diversificada e tem aumentado sua exposição a setores estratégicos, como:
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Saneamento, que ganhou destaque após o novo marco regulatório, impulsionando os investimentos na área;
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Energia solar, com aporte recente na empresa RZK Solar 07SA, que opera 11 projetos de geração distribuída e ofereceu debêntures com taxa de IPCA +10,77%, um dos maiores spreads do mercado recente.
Alocação de risco equilibrada
Mesmo com uma estratégia agressiva de alocação, o fundo mantém uma composição prudente por rating, concentrando a maior parte da carteira em ativos de classificação AA e A, o que proporciona segurança aos investidores. Ao todo, o fundo já realizou 67 emissões, evidenciando sua atuação ativa no mercado.
Cenário macroeconômico: incerteza no exterior e pressão no Brasil
O mês de março trouxe alguns elementos que afetaram o mercado como um todo:
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As tarifas comerciais discutidas por Trump aumentaram o risco global;
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No Brasil, a alta de 1 ponto na Selic era esperada, mas reforçou a percepção de que o ciclo ainda não se encerrou;
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O Relatório Trimestral de Inflação projeta o IPCA em 3,9% no terceiro trimestre de 2026, o que está acima da meta do Banco Central, dificultando uma pausa nos aumentos de juros;
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Pesquisas de opinião indicaram queda na popularidade do governo Lula, o que animou parte do mercado financeiro e refletiu no desempenho dos ativos de risco.
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