Após idoso morrer à espera de UTI, Ministério Público vai apurar transferências de pacientes em Juiz de Fora


Márcio Heleno Oliveira, que morreu à espera de uma transferência, passou inicialmente pelo HPS, em Juiz de Fora
PJF/Divulgação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que instaurou procedimento para apurar a eficiência na transferência hospitalar de pacientes em Juiz de Fora. A informação vem na mesma semana em que um idoso de 63 anos morreu à espera de uma vaga em uma UTI.
A família conseguiu uma liminar na Justiça exigindo a transferência dele da UPA Santa Luzia para outra unidade de saúde, mas Márcio Heleno Oliveira faleceu antes de conseguir um novo leito.
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Conforme o MP, as secretarias municipal e estadual de Saúde deverão informações sobre o serviço de transferências. Uma reunião também foi agendada com as autoridades sanitárias para discutir a oferta de leitos na cidade, mas a data ainda não foi informada.
Ação judicial não foi cumprida
Márcio Heleno Oliveira ficou internado na UPA Santa Luzia do dia 9 até a última terça-feira (15). Antes, entre 26 de junho e 1º de julho, esteve internado no HPS, onde passou por cirurgia devido a um abscesso perianal.
A família entrou com uma ação judicial para garantir a transferência. A liminar foi concedida na tarde de domingo (13) e os hospitais tinham 24 horas para providenciar um leito de CTI, mas o paciente morreu no início da madrugada de terça-feira, quando o prazo já havia acabado.
Em nota, a Prefeitura afirmou que foram realizadas 79 tentativas de transferência para leitos de UTI em hospitais da rede pública e privada conveniada. Em nenhuma dessas tentativas, havia vaga disponível.
Mesmo com liminar, idoso morre à espera de UTI em Juiz de Fora
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