Juros em 15% e Bolsa reage: setores que podem liderar com o fim do ciclo da Selic

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), o Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, o maior nível desde 2006. Embora elevada, a decisão veio acompanhada de um sinal importante para os investidores: o fim do ciclo de alta dos juros pode já ter sido alcançado.

Essa perspectiva começa a mudar a dinâmica do mercado, que tradicionalmente se antecipa aos movimentos futuros da economia. Com a inflação em queda e a atividade econômica mostrando sinais de arrefecimento, os juros elevados tendem a se manter apenas no curto prazo. A bolsa, por sua vez, já reflete expectativas de melhora no cenário e apresenta oportunidades em setores que foram mais penalizados durante o aperto monetário.

Setores em destaque para a retomada

Consumo discricionário

O setor de consumo, que inclui varejo, moda e e-commerce, sofreu durante o ciclo de alta dos juros, com o crédito mais caro e menor renda disponível para as famílias. Agora, com estabilidade e expectativa de queda futura dos juros, empresas desse segmento voltam ao radar dos investidores.
Entre os destaques:

  • Lojas Renner: combinação atraente de rentabilidade e valuation.

  • Pets e Arezzo: destacam-se pela eficiência operacional.

Construção civil

Outro setor que tende a reagir rapidamente à queda dos juros é a construção civil, já que o valor dos empreendimentos é sensível à taxa de desconto futura.
Ações que chamam atenção:

  • Direcional: forte em dividendos e retorno sobre patrimônio.

  • Játec: resiliência e baixa alavancagem.

  • Cyrela e JHSF: negociadas com desconto e com potencial de recuperação.

Utilities (utilidade pública)

Empresas de energia, saneamento e infraestrutura, com receitas previsíveis e contratos de longo prazo, se beneficiam da queda nos juros por terem dívidas indexadas.
Principais nomes:

  • Cemig: múltiplos atrativos e bom histórico de dividendos.

  • Sanepar: rentabilidade sólida e baixo endividamento.

  • Taesa e CPFL: entregam resultados consistentes mesmo em cenários desafiadores.

Oportunidade à frente

Embora a Selic ainda esteja em 15%, os investidores já começam a se posicionar para um ambiente de juros mais baixos no futuro. Isso cria uma janela para ganhos seletivos na bolsa. Oportunidades assimétricas surgem especialmente em setores que mais sofreram com o crédito caro e que têm maior potencial de valorização quando o ciclo virar.

Para quem busca se antecipar ao mercado, setores como consumo discricionário, construção civil e utilities aparecem como as melhores apostas neste momento.

Se você deseja investir com estratégia nesse novo cenário, é recomendável buscar orientação de um especialista para identificar as ações mais adequadas ao seu perfil e objetivos.

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