As ações da Copel (CPLE3) estão no radar dos investidores em 2025 por aliarem uma boa geração de dividendos, atualmente em torno de 6% ao ano, a uma valorização acumulada de quase 50% desde o início do ano, partindo de R$ 8,50 para a faixa dos R$ 12. Apesar dos dividendos e da performance positiva, analistas alertam que a ação negocia com P/L de 12, acima da média histórica da companhia (cerca de 10) e também acima da média do setor elétrico (cerca de 8).
Comparativo com Cemig e Eletrobras
Ao comparar com outras elétricas, a Copel parece menos atrativa nos múltiplos:
Indicador | Copel | Cemig | Eletrobras |
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P/L (Preço/Lucro) | 12 | 4 | 8 |
P/VP (Preço/Valor Patrimonial) | 1,3 | 0,9 | 0,7 |
Dividend yield médio (últimos 12m) | 6% | 8% | 4% |
Margem líquida | 20% | 22% | 23% |
Dívida Líquida/EBITDA | 2,3x | 1,9x | 2,0x |
ROE (Retorno sobre Patrimônio) | 15% | 20% | 10% |
Política de dividendos e perspectivas
Em 2024, a Copel revisou sua política, com payout mínimo de 75% do lucro líquido, pago em pelo menos dois anúncios por ano (abril e setembro). Em 2021 e 2022 houve picos de dividendos acima de 20% por conta de vendas extraordinárias de ativos, mas a média histórica é entre 50 e 60 centavos por ação ao ano.
O lucro líquido recorrente do último trimestre foi de R$ 576 milhões, com geração de caixa anual de aproximadamente R$ 5 bilhões. A alavancagem atual é saudável, em torno de 2,3x EBITDA, mas pode subir caso mantenha o nível de dividendos e novos investimentos.
Projeção de preço-alvo e suportes
Embora as ações tenham chegado a R$ 13 em 2024, muitos analistas apontam para um preço-teto em torno de R$ 9, para que o dividend yield fique acima de 6,5%, oferecendo maior margem de segurança. Caso a ação perca o suporte de R$ 11,70, os próximos níveis de suporte técnico são R$ 11,33 e, em caso de mais pressão, a região dos R$ 10,27.
No curto prazo, caso a tendência de alta continue, a resistência a ser superada está em R$ 12,30.
Destaques recentes e mudanças
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Aprovação pela Aneel das receitas permitidas para transmissão no ciclo 2025–2026, com aumento de 13%.
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Conversão das preferenciais (CPLE6) em ordinárias (CPLE3), com direito a compensação em dinheiro de R$ 0,77 por ação.
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Programa de recompra com preços médios em torno de R$ 9, reforçando esse nível como referência para novas entradas.
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