
Órgãos ambientais investigam possíveis causas no interior do estado
Após ribeirinhos do município de Jordão, interior do estado, encontrarem peixes mortos no Rio Muru, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) enviou à região, nesta quinta-feira (17), uma equipe técnica para vistoriar os trechos afetados e coletar amostras da água.
Dezenas de peixes foram encontrados mortos na região da Comunidade Novo Porto, que fica às margens do manancial, na última quarta (16). O local é usado por famílias ribeirinhas para abastecimento, alimentação e pesca. Em vídeos feitos por moradores, é possível ver a quantidade de peixes mortos boiando na água. (Veja vídeo acima).
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As amostras serão submetidas a análises físico-químicas e microbiológicas. A expectativa é que, com os resultados laboratoriais, seja possível apontar as causas da mortandade.
Além da análise técnica, a equipe também ouviu moradores da comunidade para tentar entender possíveis alterações recentes no uso do rio ou práticas que possam ter interferido na qualidade da água.
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Peixes são encontrados mortos no Rio Muru
Arquivo/JAC2
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o diretor de Meio Ambiente do Acre, Erisson Cameli, informou que ainda é prematuro apontar uma causa definitiva. No entanto, algumas possibilidades estão sendo consideradas, como:
Baixa concentração de oxigênio na água devido ao calor excessivo, pouca profundidade do rio e acúmulo de material orgânico como já ocorreu em outros rios do estado;
Uso de veneno natural por moradores para pesca predatória, uma prática que segundo os especialistas, ainda é observada em algumas comunidades.
”Sabemos que existem práticas em que algumas pessoas usam venenos naturais nos rios. Isso pode ser uma possibilidade, mas só as análises vão dizer com certeza’’, ressaltou Erisson.
A Sema informou que o laudo final, com o diagnóstico sobre o que causou a morte dos peixes, deve ser concluído em até 30 dias. A partir do documento, o governo poderá definir ações emergenciais e medidas preventivas para evitar que o problema se repita.
Enquanto o resultado da análise ainda não é divulgado, moradores da Comunidade Novo Porto seguem em alerta, aguardam esclarecimentos sobre o que causou o episódio e temem novos impactos ao meio ambiente.
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