A corrida para o futuro tem um novo protagonista: a China. Deixando para trás a imagem de fábrica de produtos baratos, o país se reinventa como potência em tecnologia, robótica, carros elétricos e inteligência artificial. Shenzhen, uma cidade que há poucas décadas era uma vila de pescadores, hoje abriga gigantes como a BYD, líder global em veículos elétricos.
Shenzhen: o Vale do Silício Oriental
Shenzhen é símbolo da revolução tecnológica chinesa. Com infraestrutura futurista, entrega por drones, pagamento por biometria e carros autônomos circulando pelas ruas, a cidade já vive o que muitos imaginam para 2050. Robôs entregam pedidos em hotéis, drones levam cafés às praças e o transporte público conta com trens de levitação magnética.
BYD: de fabricante de baterias à maior montadora elétrica do mundo
A BYD (Build Your Dreams) começou pequena, em 1995, fabricando baterias. Hoje, é a maior fabricante de veículos elétricos do planeta, superando a Tesla em vendas e inovação. A empresa produz seus próprios componentes, incluindo as baterias Blade, e lançou o carregador mais rápido do mundo: 400 km de autonomia em apenas 5 minutos.
Com modelos que dançam, nadam e estacionam sozinhos, a BYD exporta para o Brasil e Tailândia e emprega mais de 1 milhão de pessoas, incluindo 100 mil engenheiros.
Robôs humanoides: o próximo passo da revolução chinesa
A cidade de Hangzhou abriga a Unitree Robotics, criadora de robôs humanoides que andam, dançam, interagem e até praticam kung fu. Já na província de Shandong, a EX-Robot desenvolve robôs com pele sintética e expressões realistas, destinados à educação, saúde e turismo.
Enquanto o Ocidente se envolve em conflitos, a China investe silenciosamente em inovação, reescrevendo as regras do jogo global. Com tecnologia de ponta, robôs cirurgiões, fábricas robotizadas e cidades inteligentes, o país se posiciona como líder no século XXI.
Uma ameaça ou inspiração?
A pergunta que fica: a China vai superar os EUA? A resposta está sendo construída agora, nas ruas de Shenzhen, nas linhas de produção da BYD e nos laboratórios de robótica que parecem saídos de filmes de ficção científica. O mundo observa. O futuro já começou — e tem sotaque chinês.
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