5 tecnologias que podem substituir o íon-lítio em veículos elétricos

5 tecnologias que desafiam o domínio do íon-lítio em veículos elétricos

À medida que os veículos elétricos ganham protagonismo no transporte global, cresce a pressão para encontrar alternativas às baterias de íons de lítio — cada vez mais criticadas por seus impactos ambientais e limitações de recursos. Pesquisadores e fabricantes investem em tecnologias que prometem mais autonomia, sustentabilidade e custo reduzido para os consumidores. Conheça as cinco principais candidatas a substituir ou complementar o íon-lítio no futuro dos carros elétricos.

Baterias de íons de lítio sem cobalto

As baterias sem cobalto, baseadas em fosfato de ferro-lítio (LFP) ou cátodos orgânicos, eliminam o uso de cobalto, um dos componentes mais controversos do íon-lítio.
Vantagens: maior segurança, custo menor e longa vida útil.
Desvantagem: menor densidade energética (120–160 Wh/kg), que reduz a autonomia.

Montadoras: Tesla (Model 3) e BYD (Dolphin) já utilizam baterias LFP em larga escala.

Baterias de íons de sódio

Estas baterias trocam o lítio pelo abundante sódio, mantendo desempenho competitivo a um custo menor.
Vantagens: produção mais barata, menor impacto ambiental e maior segurança.
Desvantagem: densidade energética ainda inferior às de lítio.
Montadoras: BYD, JAC Motors e Chery Auto já testam modelos com mais de 250 km de autonomia.

Baterias de estado sólido

A tecnologia substitui o eletrólito líquido por sólido, aumentando significativamente a densidade energética e a segurança.
Vantagens: até 400 Wh/kg, maior autonomia e menor risco de incêndio.
Desvantagem: ainda cara e difícil de escalar.
Montadoras: Honda, Toyota e Samsung SDI planejam lançamentos para 2027.

Baterias de fluxo redox de vanádio

Utilizadas principalmente para armazenamento estacionário, elas se destacam por sua durabilidade e modularidade.
Vantagens: até 20.000 ciclos de carga e flexibilidade para grandes volumes.
Desvantagem: volume e peso excessivos para uso veicular.

Baterias de alumínio-ar

Com densidade energética teórica altíssima (até 8.100 Wh/kg), elas utilizam alumínio, um recurso abundante e reciclável.
Vantagens: autonomia ultra-longa e baixo impacto ambiental.
Desvantagem: tecnologia ainda em estágio experimental.
Fabricantes: Maruti Suzuki e Ashok Leyland, da Índia, lideram os testes.

O futuro das baterias para veículos elétricos

Nenhuma dessas tecnologias, por si só, substitui integralmente o íon-lítio no curto prazo. O mercado caminha para um cenário híbrido, em que diferentes soluções se complementam para atender às demandas por sustentabilidade, autonomia e acessibilidade.

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