Corpo de Bombeiros vai lançar cartilha com regras para garagens com carregadores de carros
O Corpo de Bombeiros vai lançar em agosto uma cartilha com novas normas de segurança para garagens que contam com carregadores de carros elétricos. As regras foram definidas em parceria com o governo do estado de São Paulo e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e têm o objetivo de padronizar procedimentos e evitar incêndios em condomínios residenciais.
A cartilha com as novas regras deve ser publicada oficialmente em 5 de agosto.
Atualmente cada condomínio segue orientações do engenheiro eletricista contratado para a instalação dos carregadores — o que significa que as normas variam de prédio para prédio.
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A proposta do Corpo de Bombeiros é criar uma regulamentação única no estado para aumentar a segurança diante do crescimento acelerado da frota de veículos elétricos. Entre as exigências previstas para garagens com carregadores elétricos estão sensores de calor, ventiladores para renovação de ar e chuveiros automáticos.
A medida é pelo aumento da adesão de carros elétricos: no primeiro semestre de 2024, as concessionárias venderam 33.700 veículos elétricos em São Paulo, alta de 26% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram vendidos 26.600.
Em um prédio residencial na Zona Sul da capital, por exemplo, já foram instalados 14 carregadores automáticos para atender aos moradores. O condomínio tem apenas sete apartamentos, e quatro deles já têm carros elétricos.
“É importante garantir que o sistema de recarga tenha um balanceamento de carga que permita dividir a energia elétrica entre todos os moradores. Além disso, é necessário um sistema de individualização de consumo, para que cada um pague apenas pela energia que utiliza”, afirma Tadeu Azevedo, engenheiro eletricista do prédio.
carregador de carro elétrico.
Reprodução/ TV Globo
De acordo com Dienen Leite, advogada especializada em direito condominial, a instalação de carregadores precisa ser aprovada em assembleia, já que envolve custos e alterações no sistema elétrico do prédio.
“Mesmo o morador que ainda não tem um carro elétrico precisa contribuir, porque futuramente pode vir a ter, vender o apartamento ou alugá-lo para alguém que vá utilizar o equipamento”, afirmou.
