Registro de estelionato cresce 7,8% no Brasil, aponta levantamento

Nem só de crimes violentos o Brasil é recorde. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira, 24, foram registrados 2.166.552 casos de estelionato em 2024 por meio de ligações falsas com vendas de produtos que não existem e clonagem de cartões de créditoSegundo o levantamento, houve um crescimento de 7,8% em relação a 2023, e de 408% quando comparado com os dados de 2018. O estado de São Paulo foi a localidade que se destacou de forma negativa com 800 mil casos, um terço de todos os registros de todo o Brasil.Foram 1.744 ocorrências do crime a cada grupo de 100 mil moradores do estado, enquanto a média nacional é de 1.019,2 casos para cada 100 mil habitantes. O Distrito Federal, com taxa de 1.681,3 casos, e o Paraná, com 1.339,5, continuam o ranking de piores taxas de estelionato do país.

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Paraíba e Maranhão, por outro lado, têm as menores taxas de estelionatos do país, com 235,4 e 285,3 crimes por 100 mil habitantes, respectivamente.Os dados revelam, por exemplo, que o índice de Mortes Violentas Intencionais (MVI), indicador do Anuário que mapeia crimes como homicídio doloso, latrocínios (roubo seguido de morte) e mortes decorrentes de intervenção policial, caiu 5,4% em 2024 em comparação com 2023.Ainda segundo o levantamento, houve redução dos crimes patrimoniais, como roubos de veículos — 10,4% menor que em 2023; roubo a residências – 19,2% abaixo do período anterior; e roubo a estabelecimentos comerciais — com queda de 24,4%.O aumento dos estelionatos, na contramão da queda dos crimes mais violentos, aponta, segundo análise dos pesquisadores do Fórum, uma mudança nas dinâmicas de atuação dos criminosos no país.

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