
Corpo do casal foi encontrado em terreno de uma escola desativada
Reprodução/Redes Sociais
O pai de Sivanilson Sinésio de Lira Lima, conhecido como “Galego”, jovem de 21 anos assassinado junto com a namorada, Nayara Gabrielly Nunes de Araújo, de 18, falou sobre a dor da perda do filho. Segundo ele, o jovem aparentava estar tranquilo e não demonstrava qualquer sinal de ameaça.
“Ele não falou se estava sendo ameaçado de morte, não”, disse em entrevista ao Blog Santa Cruz Online.
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A investigação conduzida pela Polícia Civil aponta a possibilidade de que o crime tenha sido motivado por uma dívida. Meses antes do desaparecimento, a mãe de Sivanilson relatou à polícia que o filho havia recebido ameaças relacionadas à cobrança de um débito. A motivação, no entanto, ainda não foi confirmada, e outras hipóteses seguem em apuração.
O pai contou que o último contato com o filho aconteceu cerca de 15 dias antes do desaparecimento. Sivanilson ligou, pediu a bênção e disse que estava tudo bem. “Foi a última vez que falei com meu filho”, lamentou. Visivelmente abalado, ele desabafou: “Eu estou sofrendo demais. Eu não aguento nem estar em pé. É muito difícil. É difícil como pai acordar com a notícia que o filho foi encontrado.”
Delegado Ighor Nogueira fala sobre o caso de duplo homicídio em Santa Cruz do Capibaribe
Parentes das vítimas afirmam que o casal era muito unido e não compreendem o motivo do crime. O tio de Nayara, conhecido como Galego Nunes, contou que os dois “mantinham uma relação de carinho” e que a jovem “era muito tranquila e sempre dava assistência à família”.
Sivanilson e Nayara estavam desaparecidos desde 11 de julho. Segundo a polícia, o casal foi visto por câmeras de segurança caminhando por uma rua próxima à residência de do suspeito, de 19 anos, colega de trabalho de Sivanilson. As imagens ajudaram os investigadores a localizar o suspeito, que foi preso em casa, no município, e confessou o crime.
A Polícia Civil informou que o assassinato possivelmente ocorreu na casa do suspeito. Os corpos foram encontrados em estado avançado de decomposição, enterrados em uma cova rasa nos fundos de uma antiga escola evangélica desativada, no bairro Bela Vista. Havia perfurações no pescoço das vítimas, indicando que podem ter sido mortas a facadas. As mãos estavam amarradas, o que reforça a hipótese de execução.
O delegado responsável pelo caso, Ighor Nogueira, afirmou que o suspeito era colega de trabalho de Sivanilson e não havia registro de desavenças entre eles. A investigação segue para esclarecer o que motivou o crime e identificar se outras pessoas participaram da ação criminosa.
A Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe continua com as apurações. Familiares cobram justiça. “É muito triste ver dois jovens tão unidos perderem a vida dessa forma. A gente quer saber o que houve e por quê”, afirmou o tio de Nayara.