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Previsão de ventos por regiãoSegunda-feira (28/07):Rajadas mais fortes, acima de 90 km/h, devem ocorrer no litoral do Rio Grande do Sul, sul de Santa Catarina e áreas serranas da região Sul. Entre 70 e 90 km/h são esperadas em áreas como a Grande Porto Alegre, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Curitiba, Vale do Ribeira e litoral de São Paulo. Na Grande São Paulo e Serra do Mar, os ventos podem atingir até 100 km/h, principalmente à noite.Terça-feira (29/07):Com o afastamento do sistema para alto-mar, a tendência é de redução gradual das rajadas. Mesmo assim, ainda são esperadas velocidades entre 51 e 70 km/h em áreas costeiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e todo o litoral do Rio de Janeiro.Alerta para o litoralA Marinha do Brasil emitiu um alerta de ressaca que segue válido até o dia 31 de julho. A faixa compreendida vai de Iguape (SP) até Macaé (RJ), com previsão de ondas entre 2,5 e 3,5 metros. O aviso é especialmente relevante para pescadores, embarcações de pequeno porte e banhistas.Em São Paulo, a Defesa Civil estadual emitiu alerta para toda a faixa Centro-Leste, que inclui a capital, a Grande São Paulo e o litoral, recomendando atenção redobrada para quedas de árvores, interrupções no fornecimento de energia e dificuldades no trânsito.Por que ciclones assim preocupam?Diferente dos furacões, que exigem temperaturas do mar superiores a 27 °C e são comuns em regiões como o Atlântico Norte e o Pacífico, os ciclones extratropicais não dependem do calor das águas tropicais e podem ocorrer com frequência no Sul do Brasil, especialmente no inverno.Segundo a meteorologista Bianca Lobo, da Climatempo, ciclones extratropicais como o atual podem provocar ventos quase tão fortes quanto furacões de baixa intensidade. Um exemplo foi o furacão Catarina, que em 2004 evoluiu a partir de um ciclone extratropical e causou grandes danos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.Embora eventos como o Catarina sejam considerados raros, especialistas alertam que as mudanças climáticas podem tornar os ciclones extratropicais mais frequentes e intensos nas próximas décadas.Monitoramento constanteAs autoridades reforçam que o fenômeno está sendo monitorado em tempo real por institutos de meteorologia e que a população deve acompanhar as atualizações dos boletins oficiais. Também recomendam evitar áreas litorâneas durante a ressaca, verificar a estabilidade de estruturas ao ar livre e ter atenção com quedas de energia em regiões mais afetadas pelo vento.Mesmo não sendo classificado como furacão, o ciclone extratropical em curso tem potencial para causar impactos relevantes. A atuação preventiva das defesas civis e o acesso à informação correta são fundamentais para reduzir riscos e manter a segurança da população.