
Operação Tabuleiro
Polícia Penal/Divulgação
Uma ação de combate ao domínio de grupos criminosos dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) foi realizada nesta quinta-feira (31). Durante a operação Tabuleiro, cerca de 900 presos foram transferidos para outras celas.
A operação foi realizada na penitenciária masculina e foi conduzida pela Polícia Penal com apoio das polícias Civil e Militar (PM). Segundo a administração do presídio, essa é uma estratégia para impactar a organização das facções, evitando políticas de lideranças no Iapen.
“Trata-se de uma medida de inteligência penitenciária voltada ao enfrentamento do crime organizado, à contenção da comercialização ilícita de vagas nos pavilhões e ao enfraquecimento da estrutura criminosa interna que se vale do controle territorial para exercer poder paralelo”, explicou o diretor da instituição, Luiz Carlos Gomes Júnior.
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Há registros de pavilhões comandados por determinados grupos, os quais fazem uso de celulares, escondem ilícitos e dão ordens para prática de crimes fora da penitenciária.
“Com a implantação de uma política permanente de redistribuição entre pavilhões, o Iapen assegura que nenhum interno terá a expectativa de permanência contínua em determinado espaço, quebrando a lógica de posse e controle de esconderijos utilizados para armazenar objetos ilícitos. Ao perder a previsibilidade de ocupação, reduz-se a eficiência das ações de comunicação e articulação criminosa no interior da unidade”, disse Luiz Carlos.
Novas medidas no Iapen
Medida passou a valer a partir no último dia 21
Jorge Júnior/Rede Amazônica
No último dia 21, a entrada de celulares e aparelhos eletrônicos na penitenciária masculina de Macapá foi proibida. A medida vale para advogados, policiais penais, servidores, prestadores de serviço e visitantes.
De acordo com o instituto, o Amapá foi o último estado da região Norte a adotar a política de controle sobre a entrada de celulares nas unidades prisionais. O Iapen destacou ainda que a decisão tem respaldo no Código Penal Brasileiro.
A penitenciária masculina concentra cerca de 80% de toda a população carcerária no estado, segundo o instituto.
Crimes no Iapen
A Polícia Civil apurou que a ordem para matar o do policial penal Estevam Carvalho Trindade, de 49 anos, partiu de dentro do Iapen.
Durante o interrogatório, Marcos Luan Silva Carvalho, de 19 anos, confessou durante interrogatório que não sabia da profissão da vítima e que teria sido contratado por um detento do Instituto de Administração.
Acusado de matar policial penal do AP por ordem de detento diz que não sabia da profissão da vítima
Suspeito de matar o policial penal Estevam confessou o crime
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