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HomenageadosCondecorado com a honraria, o presidente do CNI, Ricardo Alban, afirmou que a medalha simboliza a luta do povo baiano contra as forças portuguesas.“Eu creio que essa homenagem é uma homenagem ao povo da Bahia. Ao falar do 2 de Julho, nós estamos falando de uma luta do nosso povo, a luta que efetivamente concluiu e garantiu a independência do Brasil. A gente se esquece disso às vezes. [..]. Foi o momento de finalização e garantia da nossa independência. Por isso, esse momento não é visto apenas como uma medalha”, disse o chefe da CNI.Estampando a venera no peito, Alban ainda disse: “Essa medalha me honra muito. É o momento de lembrança da luta do povo da Bahia que garantiu a nossa independência. E em um momento muito especial, onde se configura novamente”.Ele ainda falou sobre o momento político em que o país está enfrentando em meio à guerra diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos.“A luta pela nossa soberania, por conta da tentativa absolutamente insana de um império em decadência, que somos os Estados Unidos, ao pretender orientar, agredir, cercar e estabelecer um cerco ao Brasil, como se pudesse exigir de nós medidas absurdas e impondo taxas estúpidas sobre os nossos produtos. Tentando, na verdade, fazer um bloqueio econômico tal e qual eles fazem a Cuba”, criticou Alban.
Presidente do CNI, Ricardo Alban
| Foto: Cássio Moreira | Ag. A TARDE
Emílio José, jornalista e ex-deputado federal, expressou o orgulho e a gratidão pela honraria, e interpretou o gesto do governador Jerônimo Rodrigues (PT), como um símbolo da diversidade da Bahia.“A homenagem da maior honraria que tem na Bahia sempre deixa qualquer um vaidoso. O carinho do governador, com tanta miscigenação de motivos, de argumentos, de pessoas, de merecimentos, ainda mostra a verdadeira diversidade da Bahia. Quando você teve aqui a oportunidade de ter vários homenageados por vários motivos, que deixou a gente ainda mais baiano”, afirmou o comunicador.A celebração da música nordestina foi refletida na abertura da cerimônia, com apresentações da Orquestra Sinfônica da Bahia e do trio Adelmário Coelho, Jeanne Lima e Del Feliz, que encantaram o público ao lado do Balé Folclórico da Bahia (BFB). A direção artística do espetáculo foi assinada por Vavá Botelho, cofundador do BFB.Para o secretário Bruno Monteiro, a homenagem reforça o papel da cultura como eixo de resistência e transformação. “A Ordem 2 de Julho é uma expressão do compromisso do Governo da Bahia com a valorização de quem constrói a história do nosso estado. Ao reconhecer mestres, artistas e lideranças religiosas, reafirmamos que liberdade, cultura e diversidade não são apenas símbolos do passado, mas princípios que orientam nossas políticas públicas”, afirmou.O que é a Ordem 2 de Julho – Libertadores da Bahia?A Ordem 2 de Julho – Libertadores da Bahia é instituída pela Lei 11.902, de 20 de abril de 2010 e é concedida a pessoas e instituições que prestam relevantes serviços à Bahia e ao Brasil.A cerimônia integra a programação comemorativa pelos 202 anos da Independência do Brasil na Bahia, celebrada no último dia 2 de julho. A honraria é dividida em três graus: Grã-Cruz, concedida aos chefes de estado; Comendador, para autoridades e altas personalidades civis, militares e religiosas; e Cavaleiro, para personalidades civis, militares e religiosas.