Submarino Riachuelo (S-40), primeiro obtido no Programa de Desenvolvimento de Submarinos
| Foto: Marinha do Brasil/ via Wikimedia
Além do impacto na defesa regional, o projeto mostra fortalecer as ambições diplomáticas do Brasil, especialmente no que diz respeito à intenção de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.Como funcionará o submarino?O submarino será movido a urânio, o que permitirá longos períodos de operação no mar sem necessidade de reabastecimento. O Brasil domina a tecnologia de enriquecimento de urânio há 42 anos. O processo começa com a conversão do mineral bruto em gás e segue com o enriquecimento em centrífugas de alta rotação, aumentando a capacidade energética.
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“Nesses tipos de instalação, a gente abriga o conhecimento que foi desenvolvido pelo país, pela Marinha, ao longo de vários anos. É um conhecimento sensível, que o Brasil assinou diversos acordos internacionais de não proliferação, então a gente preserva esse conhecimento, preservando o investimento do país”, pontua Sérgio Luís Miranda, diretor de desenvolvimento nuclear da Marinha em São Paulo.Produção brasileiraO Brasil é um dos 13 países que dominam essa tecnologia. Por isso, a segurança nas instalações é rigorosa. Militares são treinados para lidar com tentativas de invasão ou contaminação, algo que nunca ocorreu até hoje.A construção do submarino não se limita à segurança nacional. O projeto busca impulsionar a indústria, estimular a pesquisa nas universidades e gerar tecnologias com aplicação civil.
Tecnologia nuclear é utilizada também em geração de energia elétrica
| Foto: Marinha do Brasil/ via Wikimedia
Um dos exemplos é o uso de radiofármacos para exames médicos avançados, processos de esterilização de alimentos exportados e a geração de energia elétrica.