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Em 2024, essas “onças brasileiras” exportaram cerca de R$ 159,7 bilhões. Desse total, 9% ou US$ 14,4 bilhões tiveram como destino os Estados Unidos, o que representa 36% de tudo o que o Brasil vendeu ao mercado americano no ano passado.Na outra ponta, os estados que mais se beneficiaram com as isenções foram Maranhão (91% das exportações poupadas), Sergipe (76%) e Rio de Janeiro (68%), segundo levantamento da Apex em parceria com o Futura.O decreto assinado por Trump em 30 de julho retirou aproximadamente 700 categorias de produtos da tarifa de 50%. Entre os itens poupados estão o suco de laranja, aço, petróleo e aviões. No entanto, segmentos importantes da pauta brasileira, como carne, café e pescados, seguem sujeitos à alíquota máxima.A isenção parcial ajudou a reduzir o impacto estimado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Antes da publicação do decreto, a previsão era de uma perda de até 0,3 ponto percentual no crescimento do país. Com as exceções, projeções privadas agora apontam para uma queda de 0,13 a 0,15 ponto. Ainda assim, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mantém uma estimativa mais conservadora, com impacto de até 0,2 ponto.Especialistas alertam que, apesar do alívio parcial, o peso da tarifa continuará sendo sentido com mais força justamente nas regiões que mais exportam, especialmente no agronegócio. O temor do setor produtivo é de que a exclusão dessas cadeias da lista de exceções afete a competitividade internacional do Brasil nos próximos meses.