Justiça condena Vitória a pagar 5 milhões para zagueiro; entenda

Após o zagueiro Bruno Uvini conseguir a rescisão do contrato na Justiça, o Vitória foi condenado a pagar quase R$ 5 milhões por causa de atrasos de salários. A decisão é do juiz Alexei Malaquias de Almeida, da 15ª Vara do Trabalho de Salvador. O advogado João Henrique Chiminazzo, que representa Uvini, afirma que o valor já é maior ainda.”Como dissemos desde o início, o atraso ficou comprovado, e o clube foi condenado a pagar ao Bruno R$ 4,5 milhões, isso sem a atualização monetária, juros e multas. O valor já passa de cinco milhões de reais com facilidade”, disse Chiminazzo ao ge.globo.Em nota oficial, o Vitória diz que “discorda do teor da decisão” e informa que vai recorrer. “O Clube reforça que sempre garantiu ao atleta condições adequadas para o exercício de suas atividades, além de ter buscado soluções alternativas para a continuidade do vínculo, inclusive com propostas que visavam sua valorização no mercado”, garantiu o Leão”A decisão não levou em consideração, por exemplo, a ausência de notificação prévia quanto a supostos atrasos e o princípio da boa-fé contratual, além de ignorar o requisito da imediatidade para o reconhecimento de eventual falta patronal, contrariando entendimentos pacificados nos tribunais”, disse o clube em outro trecho.Fora dos planos do Vitória desde janeiro, Bruno Uvini realizava treinamento especial em separado do elenco. A então comissão do técnico Thiago Carpini via necessidade do jogador estar em “melhores condições para seu aproveitamento”.

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Leia abaixo a nota na íntegra”O Esporte Clube Vitória informa que teve ciência da decisão proferida nos autos da ação movida pelo atleta Bruno Uvini Bortolança, na qual se reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho.Respeitosamente, o Clube discorda do teor da decisão e informa que irá recorrer, por entender que diversos pontos relevantes e controvertidos do processo não foram devidamente analisados, o que compromete o alcance da verdade real e a aplicação correta do direito.O Clube reforça que sempre garantiu ao atleta condições adequadas para o exercício de suas atividades, além de ter buscado soluções alternativas para a continuidade do vínculo, inclusive com propostas que visavam sua valorização no mercado.A decisão não levou em consideração, por exemplo, a ausência de notificação prévia quanto a supostos atrasos e o princípio da boa-fé contratual, além de ignorar o requisito da imediatidade para o reconhecimento de eventual falta patronal, contrariando entendimentos pacificados nos tribunais.O Esporte Clube Vitória reafirma seu compromisso com o cumprimento da legislação e dos contratos que celebra, e confia que as instâncias superiores irão reavaliar os elementos do processo com a devida profundidade e técnica jurídica.”Abandono das atividades e rescisãoA Justiça havia concedido a rescisão indireta de Bruno Uvini com o Vitória em junho. O juiz Alexei Malaquias Almeida confirmou os atrasos salariais e falta de recolhimento do FGTS. O clube acionou seu Departamento Jurídico para um recurso contra a decisão e defesa ante as alegações do zagueiro.

Bruno Uvini

|  Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

Ao se pronunciar, o Leão da Barra também afirmou que o atleta “abandonou atividades indicadas” e que pretendia “desvencilhar-se das suas obrigações contratuais construindo uma narrativa que lhe permita alcançar objetivos óbvios”. O clube não detalhou sobre o atraso nos vencimentos do zagueiro.

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