Governo Trump critica prisão de Bolsonaro e chama Moraes de “violador”

O governo Trump se pronunciou nesta segunda-feira, 4, contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).O posicionamento feito pelo Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA) condena a decisão do magistrado e o considera como “violador de direitos humanos”.“O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”, escreveu o órgão.

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As críticas do governo dos EUA também se estendem às medidas cautelares impostas pela Suprema Corte e disse: “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”.O órgão ainda complementa a mensagem: “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliaram e foram cúmplices da conduta sancionada”.

Justice Moraes, now a U.S.-sanctioned human rights abuser, continues to use Brazil’s institutions to silence opposition and threaten democracy. Putting even more restrictions on Jair Bolsonaro’s ability to defend himself in public is not a public service. Let Bolsonaro speak!…— Bureau of Western Hemisphere Affairs (@WHAAsstSecty) August 5, 2025O ministro Alexandre de Moraes ainda é alvo da lista de sanções da Lei Magnitsky, que pune estrangeiros acusados de violações graves de direitos humanos ou corrupção em larga escala.O que é a Lei Magnitsky?A Lei Magnitsky entrou em vigor em dezembro de 2012, homenageando o advogado tributário Sergei Magnitsky. Além de Moraes, importantes nomes do cenário político russo já sofreram sanções com base na lei.Quatro pontos para entender a prisão do BolsonaroDescumprimento das medidas cautelares: o magistrado diz que Bolsonaro violou pela segunda vez as determinações da Justiça para justificar a prisão;Participação virtual nas manifestações: o ponto chave para a decisão de Moraes, segundo ele, deve-se à participação por chamada de vídeo do ex-presidente nas manifestações bolsonaristas realizadas em ao menos 60 cidades do país.Conduta ilícita: na decisão, Moraes aponta uma “conduta ilícita dissimulada” de Bolsonaro, ao preparar material pré-fabricado para ser divulgado em manifestações e redes sociais;Aparição nas redes sociais: o ministro também mencionou a foto que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou em suas redes sociais ao lado do ex-presidente e suas filhas, e logo em seguida, apagou uma postagem nas redes sociais para tentar ocultar a infração.

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