
Operação do MPCE investiga comercialização de obras falsas do pintor Antônio Bandeira.
MPCE/ Divulgação
Um perito em obras de arte, um empresário, um servidor público aposentado e uma contadora são investigados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por comercializar e expor obras de arte falsas atribuídas ao renomado pintor cearense Antônio Bandeira.
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Nesta quarta-feira (6), o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra os suspeitos, na segunda fase da Operação “Cena de Botequim”. Dois mandados foram cumpridos em Fortaleza, um na capital do estado de São Paulo e dois na cidade paulista de Caraguatatuba.
Na ação, foram apreendidas 13 obras de arte de procedência duvidosa, que estavam em posse dos investigados. As peças serão submetidas à perícia técnica especializada.
Além das obras, também foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que podem conter informações relevantes para o aprofundamento das investigações.
“O Nuinc continua o trabalho para identificar outras possíveis pessoas envolvidas, coletar novas provas e responsabilizar criminalmente os autores dos crimes apurados”, disse o Ministério Público.
Primeira fase
Na primeira fase da Operação Cena de Botequim, deflagrada em 2022, o Ministério Público teve como foco a coleta de documentos que pudessem indicar a localização dos quadros suspeitos.
Na época, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Fortaleza na residência de um dos investigados e em duas antigas sedes do Instituto Antônio Bandeira.
“Com as informações do material obtido no cumprimento dos mandados, o MP do Ceará avançou para esta segunda fase a fim de apreender obras, documentos e equipamentos eletrônicos pertencentes aos investigados”, falou o órgão.
Antônio Bandeira
Nascido em Fortaleza, em 1922, Antônio Bandeira é um dos mais valorizados pintores brasileiros e tem obras nas maiores coleções particulares em museus do Brasil e do mundo.
Renomado mestre da pintura abstrata brasileira – e também mestre das aquarelas -, viveu grande parte de sua vida na França e conviveu com os pintores da tradicional École de Paris. Ele faleceu em 1967.
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