O mercado de criptomoedas vive um momento decisivo. Enquanto o Bitcoin continua em destaque com seus ETFs e novas máximas históricas, é o Ethereum (ETH) que tem surpreendido analistas e investidores. Com valorização de aproximadamente 176% nos últimos três meses, a segunda maior criptomoeda do mundo passa a atrair cada vez mais atenção institucional, inclusive de Wall Street.
Essa alta expressiva sugere que o mercado pode estar às vésperas de uma nova altseason — período em que moedas alternativas ao Bitcoin apresentam valorização muito superior, em um movimento cíclico comum nos mercados cripto.
Valorização histórica reacende o apetite por altcoins
A valorização de 176% do Ethereum em cerca de 90 dias transformou um investimento de R$ 1.000 em quase R$ 2.890. O desempenho superou o do próprio Bitcoin no período e desencadeou uma nova alocação institucional: mais capital foi direcionado ao ETH do que ao BTC nas últimas semanas, de acordo com dados do CoinShares.
Esse movimento indica uma mudança no perfil de investimento corporativo. Empresas como a Coinbase, Bitmine e SharpLink começaram a alocar parte de seus caixas diretamente em Ether, repetindo o comportamento antes exclusivo ao Bitcoin.
Exemplo de valorização:
| Ativo | Valorização em 3 meses | R$ 1.000 se tornariam |
|---|---|---|
| Ethereum | +176% | R$ 2.890 |
| Bitcoin | +89% | R$ 1.890 |
Um dos principais indicadores que sustentam a expectativa de um novo ciclo altista é a queda recente na dominância do Bitcoin. Após atingir mais de 55% de market share no mercado cripto em 2024, o BTC começa a ceder espaço para altcoins — e o Ethereum lidera esse movimento.
Além disso, o gráfico ETH/BTC mostra um ponto de inflexão: após anos perdendo espaço, o ETH volta a ganhar terreno frente ao Bitcoin, o que historicamente antecede altas generalizadas no setor cripto.
Indicadores técnicos não apontam esgotamento do ciclo de alta
Segundo a plataforma Glassnode, nenhum dos 30 principais indicadores de superaquecimento do mercado aponta para o fim do ciclo de alta. Isso indica que o bull market ainda tem espaço para crescer — principalmente entre os ativos alternativos.
Outro dado relevante vem do staking do Ethereum. O volume de ETH travado em protocolos de segurança e rendimento (staking) vem crescendo de forma constante, reduzindo a oferta circulante e pressionando o preço para cima.
Valor Total Bloqueado (TVL) no Ethereum se aproxima de nova máxima
O TVL (Total Value Locked), métrica que representa a quantidade total de recursos alocados em protocolos DeFi e dApps no ecossistema Ethereum, voltou a crescer e se aproxima das máximas históricas registradas em 2021.
Esse crescimento reflete o aumento da demanda por serviços de finanças descentralizadas e tokenização, setores viabilizados pela infraestrutura do Ethereum.
TVL no Ethereum (em bilhões de USD)
Ethereum impulsiona altcoins e todo o ecossistema cripto
Mais do que um concorrente do Bitcoin, o Ethereum atua como catalisador do mercado de altcoins. Sua valorização costuma puxar uma segunda onda de ativos, especialmente tokens ligados a finanças descentralizadas (DeFi), tokenização de ativos reais (RWA) e aplicações em inteligência artificial (IA).
Projetos como Aave, Chainlink, Render e outros que operam na rede Ethereum já demonstram crescimento significativo em volume travado, número de usuários e adoção institucional.
Três setores promissores ligados à alta do Ethereum
Com a retomada da valorização do ETH, três verticais se destacam como apostas estratégicas para a próxima fase do mercado:
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DeFi (Finanças Descentralizadas): plataformas como Aave e Compound ganham força com o aumento da demanda por empréstimos cripto colateralizados.
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RWA (Ativos do mundo real): a tokenização de fundos e títulos, inclusive por gigantes como BlackRock, tende a acelerar.
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IA (Inteligência Artificial): projetos que integram inteligência artificial com blockchain, como Render e Fetch.ai, vêm sendo impulsionados por essas duas grandes tendências globais.
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