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Flipelô como palco da criação baianaPara o autor de ‘A Vida e as Mortes de Severino Olho de Dendê’, a Flipelô é mais do que um evento: é um símbolo da potência artística da Bahia. “A Bahia como um todo, é um centro de criação, de arte, de talento, e precisamos de espaços para celebrar a galera que está produzindo, que está construindo, que está exportando nossa arte para o Brasil e o mundo.”Ian ainda destacou nomes que decolaram nacionalmente e internacionalmente nos últimos anos: “Vemos pessoas como Lázaro Ramos e Wagner Moura, se tornando grandes celebridades, temos Itamar Vieira Júnior como grande expoente da literatura, temos Luciany Aparecida.”A Flipelô, para ele, é o epicentro da celebração artística baiana. “A Bahia é um nascedouro de muito talento, então precisamos desses espaços. A Flipelô é o epicentro dessa celebração, desse povo que é tão criativo e tão talentoso.”Literatura como território e identidadeSobre a função do evento no cenário nacional, Ian foi direto ao falar sobre representatividade: “A Flipelô é de extrema importância, pois não temos só a participação de toda a constelação de artistas brasileiros e internacionais, temos também uma cena literária muito pulsante de escritores e escritoras, de poetistas e de poetas baianos que estão no começo da carreira ou que já estão aí com uma projeção um pouco mais aflorada.”Segundo ele, o evento se consolida como um lugar de reconhecimento e pertencimento: “A Flipelô é o grande lugar onde podemos falar ‘isso aqui é a nossa terra e isso existe para celebrarmos a nossa arte. Vocês estão convidados, mas o território é nosso’.”Novidades a caminhoDurante a entrevista, Ian Fraser também revelou estar trabalhando em três novos projetos literários. Um deles é a continuação de sua obra mais reconhecida nacionalmente. “Atualmente estou trabalhando na continuação de ‘A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê’, que é o meu livro de maior projeção nacional.”Outras histórias também estão em desenvolvimento: “Tenho outros projetos que estamos vendo como viabilizar de alguma forma para sair o mais cedo possível”, adiantou o autor. Ele reforçou o desejo de manter uma produção mais intensa: “De três em três anos eu não consigo trabalhar, a escrita precisa ser mais constante, quero mais livros lançados por ano.”Questionado sobre seus sonhos e metas literárias, Ian disse estar vivendo o que sempre desejou: “Quero uma continuação do que estou vivendo agora, eu quero poder viver a minha vida sendo escritor e estando nesses espaços, dividindo esses lugares com essas pessoas que estão aqui, com amigos leitores, então se continuar do jeito que está para mim já está ótimo.”FlipelôA Flipelô acontece de 6 a 10 de agosto, com mais de 250 atividades gratuitas, espalhadas por espaços como a Praça Municipal, o Largo do Pelourinho e o Santo Antônio Além do Carmo. A edição de 2025 homenageia o dramaturgo Dias Gomes e reúne autores, artistas e público de todas as idades em uma celebração da palavra, da memória e da diversidade cultural da Bahia. A curadoria é da Fundação Casa de Jorge Amado.