
Ex-prefeito Vilmar Mariano e mulher dele ficam inelegíveis por oito anos
O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Vilmar Mariano da Silva e a ex-primeira-dama Sulnara Gomes Santana se tornaram inelegíveis por oito anos após uma sentença da Justiça Eleitoral de Goiás. Eles foram condenados por abuso de poder político. Além disso, cada um terá que pagar uma multa de R$ 30 mil.
Ao g1, Vilmar afirmou que os advogados dele e da esposa já estão trabalhando na defesa para recorrer da decisão e que acredita que ele e Sulnara não cometeram nenhum crime. A defesa não enviou uma nota até a última atualização desta reportagem.
No documento da decisão assinada pela juíza eleitoral Christiane Gomes Falcão Wayne na terça-feira (5), o atual prefeito Leandro Vilela (MDB) e o ex-deputado federal João Campos (Podemos) aparecem como Investigantes do caso. A denúncia alegou que, após Vilmar não ter tido sua candidatura viabilizada, ele e Sulnara passaram a apoiar abertamente Alcides Ribeiro (PL) e Max Santos (PL), candidatos a prefeito e vice do município em 2024.
🔍 Investigantes: de acordo com a Lei de Inelegibilidades — Inciso XIV do artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90 da Constituição Federal — qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas. Eles são considerados os investigantes no processo.
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Além disso, a acusação também destacou que Vilmar e Sulnara, além do vereador Olair Silva Gomes (PRD), teriam utilizado da máquina administrativa para ameaçar, coagir e exonerar servidores públicos comissionados que não se alinhassem ao projeto político, apoiando os candidatos indicados por eles.
Os investigantes afirmam que isso causou a exoneração de centenas de servidores, que teve um pico entre junho e julho de 2024. No total, o número chegou a 680 alterações registradas entre junho e agosto do mesmo ano.
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No processo, os investigados se defenderam afirmando que as exonerações ocorreram por consequência de um “realinhamento”, após Vilmar romper com o grupo político do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e do então ex-prefeito Gustavo Mendanha, afirmando que os servidores ligados ao grupo não poderiam permanecer em cargos de confiança.
Sentença
A juíza Christiane reconheceu que houve abuso de poder por parte de Vilmar e Sulnara, através de ameaças e exonerações de servidores comissionados, como forma de conseguir apoio político.
Além disso, embora a sentença tenha tornado Vilmar e Sulnara inelegíveis por 8 anos, e imposto a multa de R$ 30 mil para cada um deles, a juíza não aceitou o pedido de inelegibilidade e multa contra Alcides, Max Santos e Olair, por falta de provas de que eles tenham participado dos atos.
Vilmar Mariano e Sulnara Gomes, em Goiás
Reprodução/Instagram de Vilmar Mariano
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